Drogas digitais: perigo real ou imaginário?

Pais em alerta para orientar os filhos sobre as drogas sonoras na Internet

Obter a sensação alucinógena sem o uso de drogas físicas, e sim substituí-las por sons encontrados na Internet, é a “nova moda” das chamadas drogas digitais. Será que isto é mesmo possível? Este tipo de estímulo pode ser facilmente encontrado em sites que disponibilizam as também chamadas drogas sonoras, um detalhe que tem preocupado muitos pais e famílias de crianças e adolescentes.

Para Evandro Cabral e Sandra Caracol, os fundadores do projeto Super Pais, que tem objetivo de melhorar o relacionamento entre pais e filhos, estas drogas virtuais são apenas uma parte ou um dos perigos que se escondem na Internet. O que está por trás delas não é novo, sendo a técnica conhecida como binaural beats, descoberta no fim do século XIX. Para obter o efeito pretendido é necessário ouvir um determinado som pela plataforma chamada i-doser. Porém, com cada vez mais crianças e jovens utilizando as redes sociais, isto tem sido motivo de aumento na preocupação. Na rede social TikTok, por exemplo, um adolescente grava um vídeo ensinando como procurar por essa sensação alucinógena na Internet. Como é de conhecimento geral, informações assim podem se espalhar rapidamente através das redes sociais, principalmente aquelas mais utilizadas por jovens.

A procura de termos como “drogas sonoras” e “drogas digitais” na internet tem crescido, um detalhe que também tem chamado atenção de médicos e especialistas em comportamento infantil. De acordo com especialistas, tais ferramentas sonoras não são entorpecentes, além de não serem capazes de criar dependência, no entanto é recomendado tomar cuidado para não causar danos à audição.

O que leva crianças e jovens a procurar as drogas virtuais?

De acordo com os Super Pais, há muitas razões para, sobretudo os jovens, procurarem as drogas virtuais, confira algumas delas:

  • Curiosidade e necessidade de experimentar coisas novas, o que também está associado à mudança de fase da vida;
  • Necessidade de integração com os seus pares;
  • Uma profunda insatisfação proveniente da falta de habilidades para lidar com as próprias emoções;
  • E a falta de apoio e de conexão com os pais.

A verdadeira questão é: o que fazer para evitar que isto aconteça? É possível prevenir? A resposta é que, embora os efeitos não sejam os mesmos causados por substâncias alucinógenas, é importante que, acima de tudo, os pais procurem recuperar a conexão com os seus filhos para que eles não sintam tanta necessidade de fugir do que sentem dentro de si. Afinal, o consumo de drogas, o abuso de álcool e até mesmo o suicídio são cada vez mais a solução a que eles recorrem, em números realmente preocupantes.

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