45% das brasileiras acham inadequado a curetagem ser feita em conjunto com o setor de maternidade, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das participantes

Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados após tão grande perda. Especialmente quando passam pelo procedimento de curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar por ele, as pacientes são simplesmente instruídas a “apenas tentar novamente”.

Ainda, em alguns hospitais, o procedimento da curetagem é feito em conjunto com o setor de maternidade, o que pode aumentar ainda mais a dor emocional das mulheres, pela perda que sofreram. E conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 45% das brasileiras acreditam que este não é o melhor tipo de acolhimento. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das participantes.

Os dados por estado demonstram que no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 49% das entrevistadas concordam que este não é o melhor tipo de acolhimento. No Espírito Santo e no Rio Grande do Sul, 46% estão de acordo com a afirmação. Já em São Paulo e em Santa Catarina, pelo menos 43% das participantes acham inadequado o procedimento da curetagem ser feito em conjunto com o setor de maternidade.

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