Sim, dor tem controle!

Medicina Intervencionista para o controle da dor

Uma área da medicina que vem se destacando é a Medicina Intervencionista da Dor que, através de várias técnicas, oferece muitas possibilidades de diagnóstico e tratamento para diversos tipos de dor. Os procedimentos são minimamente invasivos, geralmente fazendo uso de agulhas ou cânulas que são aplicadas em pontos específicos, sem nenhum corte, chamadas de técnicas percutâneas.

Uma das técnicas usadas é a radiofrequência que, segundo a Médica, Especialista em Tratamento da Dor pela AMB e Docente da Pós Graduação de Intervenção em Dor no Einstein e SINPAIN, Dra. Amelie Falconi – Trata-se de uma corrente elétrica produzida por um gerador, que é transmitida até um eletrodo. Esse eletrodo é inserido no paciente por meio de cânulas (“agulhas especiais”). Ou seja, é uma técnica minimamente invasiva, então, não são realizados cortes no paciente. Essa corrente elétrica altera o nervo responsável por transmitir o impulso de dor do paciente, interrompendo, ou reduzindo, a transmissão do impulso de dor.

Existem três tipos de radiofrequência: A térmica, a pulsada e a resfriada. A indicação varia com o tipo de estrutura nervosa que será abordada, conforme a necessidade do paciente. Quando o nervo também possui uma função motora é realizada a radiofrequência pulsada obrigatoriamente, permitindo a preservação da motricidade do paciente.

A radiofrequência é um dos principais tratamentos para diversos tipos de dores crônicas no paciente! A melhora dos sintomas pode durar até um ano.

Esse tempo é importante para que o paciente consiga fazer uma boa reabilitação, tratando o problema que originou sua dor – completa a Dra. Amelie Falconi.

Uma causa comum de dor após cirurgia é o aprisionamento dos nervos pela fibrose (tecido da cicatrização); quando o paciente evolui com dores na coluna, em cirurgias de hérnia, mastectomias, entre outros tipos de cirurgia, causada pelo tecido de cicatrização que aprisionou algum nervo.

Um dos tratamentos para esse tipo de caso, quando acomete a coluna, é a epiduroplastia.

Trata-se da introdução de um cateter especial dentro da coluna, sob fluoroscopia e em tempo real, de modo a separar os tecidos fibrosados localizados ao redor de nervos, o que permite a sua liberação da fibrose e introdução de um medicamento anti-inflamatório local.

A reabilitação após o tratamento é fundamental para o sucesso desse procedimento – explica a Dra. Amelie Falconi.

Uma outra técnica não cirúrgica bastante utilizada na medicina regenerativa para o tratamento de dores articulares e musculares é a Proloterapia, um dos pilares da medicina regenerativa. O nome vem do do inglês “proliferant therapy” e literalmente quer dizer “terapia proliferante”.

Ela reduz a dor enquanto repara e fortalece os tecidos articulares acometidos em lesões crônicas musculoesqueléticas. A proloterapia atinge os prováveis causadores da dor dentro e fora da articulação, como tendões e ligamentos inflamados que causam dor e desconforto ao paciente. O tratamento consiste numa série de injeções de substâncias que causam uma irritação no local. Essa irritação é interpretada pelo corpo como uma nova lesão, fazendo-o iniciar o processo natural de cicatrização no local dos tecidos lesionados dentro e fora da articulação – concluiu a Dra. Amelie Falconi.

Procedimentos de dor devem ser obrigatoriamente guiados por algum exame de imagem. Durante muitos anos diversos procedimentos foram realizados “as cegas”, onde os alvos eram encontrados através da palpação do paciente e por referências anatômicas. Hoje em dia isso não deve ser aceitável, visto que quando se realiza um procedimento guiado tem se algumas vantagens:

Precisão: garante que o alvo responsável pela dor seja atingido. Isso permite diagnosticar e tratar com maior segurança uma síndrome dolorosa.

Segurança: permite identificar estruturas nobres, que poderiam ser lesadas durante o trajeto da cânula.

Cada corpo humano apresenta alguma peculiaridade específica, alguma variação anatômica. Esse termo, se refere a uma estrutura anatômica não-patológica que é diferente do que é observado na maioria das pessoas. Ou seja, cada ser humano é diferente. Os exames de imagem podem ser guiados por ultrassonografia, radioscopia (raiox) e tomografia computadorizada.

A escolha do método depende do alvo a ser abordado. Em alguns casos podemos utilizar mais de uma técnica para o mesmo procedimento. O mais importante é tratar a sua dor de maneira segura! – completou a Dra. Amelie Falconi.

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