Terapeuta dá dicas para controlar a ansiedade
Autoconhecimento é a chave para controlar medos e pensamentos que provocam ansiedade
Um estudo divulgado pela revista científica The Lancet revelou que a pandemia provocou um aumento de 26% nos casos de ansiedade em todo mundo. Antes de 2020 o Brasil já liderava o ranking de países mais ansiosos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde a crise provocada pela Covid-19, a situação se agravou e isso é observado nos consultórios dos terapeutas. “Uma queixa comum entre as pessoas que me procuram é a ansiedade. E o principal combustível deste mal é o medo: medo de fracassar, da rejeição, de não controlar o futuro. Esses medos são alimentados pela nossa mente, pelos nossos pensamentos”, afirma a terapeuta do Instituto Plasma, Erika Thiele.
Ao lado do excesso de informações, outra causa muito comum que pode desencadear uma crise de ansiedade é a mudança, seja ela externa ou interna. “É comum que ocorram crises quando estamos diante de mudanças, como trocar de emprego, de cidade, de casa ou mesmo mudar um hábito”, diz. A terapeuta conta que, como qualquer outra patologia, a ansiedade apresenta sinais e sintomas físicos que podem ser facilmente identificados, como taquicardia, dificuldade de respirar e de se manter parado. “Toda essa movimentação, muitas vezes inconsciente, é o primeiro sinal da ansiedade no corpo”, diz.
Além disso, a energia que absorvemos de outras pessoas, lugares ou objetos pode provocar sensações de desconforto e desencadear uma crise. “Principalmente quem possui a sensibilidade ampliada, mesmo que não esteja consciente dessa característica, pode apresentar sintomas de ansiedade devido a uma baixa frequência do ambiente ou por alguma questão energética perigosa que esteja afetando o seu campo vibracional”, afirma a radiestesista. “Uma frequência vibracional é capaz de interferir em outra e, no caso das pessoas, está diretamente ligada à sensação de conforto ou desconforto”, completa.
A boa notícia é que essas crises podem ser controladas pelo “autoconhecimento, pela terapia e dedicação ao entendimento do que está desencadeando essa emoção negativa”. O autoconhecimento é importante para identificar os gatilhos que nos provocam essas sensações e, com ajuda especializada e algumas mudanças nos hábitos, podemos minimizar o impacto dos pensamentos no nosso corpo.
O primeiro passo para tratar o transtorno é reconhecer que precisa de ajuda e que toda essa carga emocional não é saudável. “É errado normatizar isso porque está todo mundo assim. É preciso buscar o autoconhecimento para ajudar a entender os gatilhos (complexos, traumas e crenças limitantes) que, quando disparados por alguma questão externa ou interna, vão acionar aquela sensação”, explica.
Para quem tem dificuldade em se concentrar, Erika recomenda a meditação guiada. “Ela é mais fácil para iniciantes, pois tem o auxílio de um especialista que irá conduzir seu pensamento. Você só precisa fechar os olhos e prestar atenção somente no que a voz está te propondo, criando imagens e descobrindo sensações”, explica.
A prática regular de atividade física é outro hábito que ajuda a controlar a ansiedade. De acordo com um estudo publicado pela revista cientifica Frontiers of Psychiatry, ela é capaz de reduzir em quase 60% o risco de desenvolver ansiedade. “É importante escolher atividades que facilitem o uso da energia em excesso presente no corpo para aliviar a mente. Além disso, o exercício aliado à meditação vai ajudar a encontrar a paz interior e a trabalhar pela sua própria espiritualidade e sensibilidade”, acrescenta.
Dicas para controlar a ansiedade
– Faça uso do floral Bach Rescue composto por essências que ajudam aliviar o estresse, tensões, ansiedade e a resgatar o equilíbrio emocional
– Coloque uma música agradável e cante junto
– Faça uma respiração concentrada prestando atenção ao movimento e colocando as mãos na base do esterno localizado na parte anterior do tórax
– Faça uma respiração dentro de saquinho de plástico com óleo essencial de lavanda
– Faça 2 minutos de respiração pranayana inspirando e expirando lentamente
Como fazer a respiração: coloque os dedos indicador e médio da mão direita entre as sobrancelhas e posicione seus dedos anelar e mindinho na narina esquerda, enquanto o polegar ficará posicionado na narina direita. Em seguida, feche a narina direita com o polegar e expire pela narina esquerda. Depois, inspire pela mesma narina, feche o lado esquerdo com o polegar e o mindinho e expire pela narina direita, inspirando.