As mulheres por trás dos quadrinhos e mangás

Você sabe quais títulos foram criados, escritos ou desenhados por elas?

Espadas que fazem cabeças rolar pelo chão, sabres de luz brilhantes que emocionam fãs, super-poderes que derrubam qualquer vilão de físico forte…certamente são histórias contadas, criadas e imaginadas por homens, correto? Não é bem assim. Diversas HQs, quadrinhos e mangás são escritos, roteirizados e desenhados por mulheres e é justamente por isso que neste próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é importante celebrá-las também no universo geek.

A Editora Panini, líder mundial no setor de publicações, separou algumas dessas mulheres super poderosas para mostrar ao público o que talvez nem ele mesmo saiba. Kelly Thompsson, por exemplo, é a roteirista responsável pelas histórias de Viúva Negra e Capitã Marvel, e foi indicada várias vezes ao Eisner Awards, o prêmio de quadrinhos americano; Há ainda Vita Ayala, roteirista dos Novos Mutantes, Batman e Mulher Maravilha; Shima Shinya, roteirista de histórias da coleção Star Wars: O Limite do Equilíbrio, ao lado de outra grande escritora, Justina Ireland.

Justina é uma autora americana de ficção científica e fantasia para jovens adultos, ganhou diversos prêmios e best-sellers que ficaram em destaque no New York Times. Ainda do lado DC da força, temos Kami Garcia, escritora de ficção de grandes best sellers e criadora de Jovens Titãs, e Mariko Tamaki, criadora de Batman Detective Comics. E se é para falar de desenho, temos inúmeros exemplos de desenhistas que transmitiram nos traços de personagens toda a ação e aventura, como é o caso de Sara Pichelli, em Homem Aranha; Erica D’urso com Valquíria; Minkyu Jung em SW Doutora Aphra e Manífica Ms. Marvel; e Carmen Carnero, conhecida por Miles Morales: Homem-Aranha e Capitã Marvel.

Os mangás também não ficam de fora! Koyoharu Gotouge, autora das histórias de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, figurou na Revista Time como uma das 100 lideranças emergentes de 2020 que estão moldando o futuro, ao lado de grandes artistas do cinema, da música e até da política. Esta é a primeira vez que a revista coloca um mangaka neste ranking. Ia Yazawa, autora de Paradise Kiss, é focada no público feminino; Q Hayashida autora do mangá Dorohedoro e que já fez adaptações de jogos eletrônicos; e tem até uma dupla de mangakas, Adachitoka, de Noragami, um conto sobre deuses, budismo e xintoísmo.

No Brasil, Fefe Torquato, quadrinista e ilustradora que fez a graphic novel de Tina, personagem da Turma da Mônica, e Lu Cafaggi, que junto com o irmão foi convidada para contar a primeira história de Turma da Mônica – Laços, adaptado para o cinema  em 2019, além de Lições e Lembranças. Ela levou o 26° Troféu HQ Mix nas categorias “Novo Talento – Desenhista” e “Melhor Roteirista” ao lado do irmão.

São muitas as forças femininas que devem ser comemoradas neste 8 de março, que vão além das profissões rotineiras, quebrando paradigmas e estereótipos. Afinal, o lugar de uma mulher é onde ela decide estar.

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