O Desamor
por Nilda Dalcól
Quando descobrimos que o amor acabou ?
Soa um alarme ?
Emite sinal de que ele está se esvaindo ?
Alguém nos avisa ?
Não sei…
Mas sei que ele acaba.
E paramos para refletir.
Para onde foi aquela chama que, incandescente, brilhava nos nossos olhares quando inesperadamente se encontravam ?
O que foi feito dos abraços apertados que nos sufocavam quando sem percebermos, estávamos nos braços um do outro ?
E os momentos de alegria, e os de saudade, e as lágrimas, e o desejo de ficar perto, de sentir o cheiro, de encostar a cabeça no ombro ?
Não será preciso muito empenho para começarmos a entender quando e como ele (o amor) começou a dissipar-se.
Nas pequenas coisas. Nos pequenos gestos. Nos esquecimentos. No descaso. Nas mentiras. No desprezo
Prenúncio do fim.
E de nada adiantará tentar justificar alguns atos (ou falhas), pois, ruidosamente, foram manifestados, mas o desinteresse já estava instalado e não havia mais o mínimo desejo de, sequer, questionarem-se.
E eis que chega o fatídico dia em que um “” pede prá sair “”
E vai …
Quando o amor chega ao fim, muitas vezes, também acaba o respeito, a dignidade, a autoestima. Não vamos insistir, uma pessoa não consegue amar por duas. Mas como já foi dito, o Tempo é o Senhor de Todos os Males e ele, ao passar, mostrará que, como a Phoenix, renasceremos para começar tudo de novo e quiçá, sermos felizes.