Home office prolongado: mãos exigem cuidados

Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, que realiza Congresso no RJ, nesta semana, ressalta prevenção e diagnóstico precoce

O home office foi amplamente aderido pelas empresas na pandemia e esse modelo de trabalho tende a continuar em 2022, com boa parte atuando em esquema híbrido – a mescla do presencial e em casa. Passando horas digitando no computador e celular, a principal ferramenta de trabalho – as mãos – acabaram sendo significativamente impactadas.

Especialistas em cirurgia da mão já têm percebido o aumento de casos que chegam aos consultórios com esse perfil, no entanto, com a pandemia, muitas pessoas têm deixado de procurar atendimento médico. “Daqueles que estão voltando a procurar consultas médicas, encontramos casos de pacientes sintomáticos há muito tempo, mas que deixaram de procurar assistência médica. Ouvimos relatos como ‘estou sentindo dores no ombro, ou no punho e na mão, há um ano’”, fala o médico cirurgião da mão, Dr. Henrique de Barros Pinto Netto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, que realizará congresso, no Rio de Janeiro, de 9 a 11 de dezembro, reunindo especialistas brasileiros e de outros países.

Um dos problemas mais comuns é a tendinite, processo inflamatório na região dos tendões, em função de esforço repetitivo. O médico ressalta que, para evitar esses e outros problemas, fazer intervalos no decorrer do expediente é ato importante. “A pessoa deve fazer uma pausa, mexe as articulações, alongar, isso ajuda a prevenir”.

 

Alerta

Na pandemia, ao sentir alguma dor, a ida ao médico tem sido adiada por muitas pessoas. O presidente da SBCM ressalta que ao procurar um especialista na fase inicial, evita-se que a dor se torne crônica. “Um diagnóstico tardio abre espaço para crises de dores cíclicas, o que pode dificultar o tratamento, sendo necessário muito mais tempo para diminuir o processo inflamatório”, salienta. “Para evitar sequelas e cirurgias, é de extrema importância procurar um especialista, que fará o diagnóstico para o tratamento precoce e adequado. Sempre será melhor prevenir do que remediar”, conclui Netto.

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