Fetiches e fantasias sexuais: pesquisa mostra quais são as tendências dos usuários de aplicativo
95% dos entrevistados são a favor de fetiches e fantasias sexuais
O Gleeden, principal plataforma para encontros extraconjugais projetados por e para mulheres, realizou uma pesquisa com os seus usuários para saber quais são as principais tendências em fetiches e fantasias sexuais.
A investigação revelou que 94% dos entrevistados têm ou já tiveram algum tipo de fetiche, sendo 88% homens e 12% mulheres. Os fetiches que tem mais adeptos entre os usuários são: voyeurismo (33%), exibicionismo (33%), podolatria (21%), bondage (8%) e sadomasoquismo (4%).
“É importante entender que as fantasias e os fetiches têm grande relevância na vida sexual das pessoas, principalmente das mulheres. Fantasiar, lubrificar a mente, estimular e descobrir os desejos mais ocultos é um caminho incrível para a excitação e o prazer. Por mais difícil que possa parecer difícil, afinal vivemos numa sociedade em que a sexualidade é um Tabu, ter fetiches é um comportamento comum e quando nos permitimos pensar de forma natural sobre esses assuntos descobrimos um universo mágico e excitante de possibilidades que pode trazer muito prazer para a vida sexual e afetiva.”, explica Thais Plaza, terapeuta sexual.
Um fetiche que se tornou muito comum nos relacionamentos nos últimos anos são as trocas de casais e o sexo a três. Quando perguntados a respeito, 59% dos entrevistados revelaram ter vontade de experimentar o swing, enquanto 10% afirmaram já terem feito. Já em relação ao sexo a três, 68% dos entrevistados revelaram sentir vontade de fazer, enquanto 28% afirmou já ter tido uma relação sexual a três com o seu parceiro (5%) ou sem o parceiro (23%).
36% dos entrevistados disseram ter vontade de ver o seu parceiro com outra pessoa, sendo 89% homens e 11% mulheres. 44% disseram que não aceitariam ver o parceiro se relacionando sexualmente com uma segunda pessoa. Já quando o assunto é ficar com outra pessoa enquanto o parceiro assiste, 60% dos entrevistados disseram que aceitariam, sendo 13% deles mulheres e 87% homens. 12% assumiram ter vontade de experimentar e 28% não aceitariam o convite.
Esses dados refletem uma tendência de que inserir mais pessoas na relação com o consentimento do parceiro não é considerado traição. Quando há o consentimento do parceiro, apenas 9% dos entrevistados disseram considerar traição, enquanto 91% acreditam que não está havendo traição.
Porém, muitas vezes realizar fetiches e fantasias sexuais pode ser visto como tabu. Apesar de 95% dos entrevistados serem a favor dessas práticas, apenas 4% respondeu já ter realizado todas as suas fantasias sexuais, enquanto 70% responderam ter realizado algumas. O motivo para não realizarem as suas fantasias, segundo os usuários do Gleeden, é não terem encontrado o parceiro (a) ideal.
“Ter fetiches e fantasias eróticas é algo natural porque existe tanta dificuldade em falar sobre o tema e viver de forma livre esse desejo? A resposta está no tabu que permeia o universo sexual e até mais no julgamento externo. Por conta do medo, da culpa, da vergonha, das inseguranças e várias outras questões as pessoas preferem sufocar ou fingir que não existe esse desejo oculto, e em alguns casos vivem uma vida de sofrimento, lutando com algo que existe dentro de si. Outras pessoas não dão tanta importância para esses tabus da sexualidade e mergulham livremente em seus desejos e fantasias realizando sem culpas ou medos tudo aquilo que tem vontade.”, finaliza Thais Plaza.
Pesquisa realizada com 8.365 usuários do Gleeden, entre os dias 17 e 24 de novembro de 2021.