Dia “D” da Diálise 2021 reivindica reajuste de 46% na tabela SUS

  • Atualmente, mais de 144 mil brasileiros dependem exclusivamente do tratamento da Terapia Renal Substitutiva (TRS) para sobreviver, sendo 85% com o tratamento financiado através do SUS;
  • O último reajuste do Ministério da Saúde ocorreu em 2017, o valor passou de R$ 179,03 para R$ 194,20, porém estes recursos são insustentáveis. A partir de cálculos de atualização de custos, o valor mínimo deveria ser de R$ 285,45;
  • Apenas 7% dos municípios do Brasil possuem clínicas de diálise, e a maioria fica em grandes cidades ou capitais. O acesso ao tratamento já é limitado, e nos últimos 5 anos, 39 clínicas foram fechadas por falta de condições financeiras de atendimento.

A Fundação Pró-Rim é uma das clínicas que apóia e incentiva a campanha “Vidas importam. A diálise não pode parar”, realizada pela Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT). A ação que reivindica o reajuste do SUS e melhorias para as clínicas de diálise de todo o Brasil ocorrerá no dia 26/08, denominado o Dia “D” da Diálise. As unidades da Pró-Rim estarão mobilizadas na data com ações envolvendo os pacientes e colaboradores.

A revisão da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) é a garantia do tratamento da diálise com dignidade e qualidade assistencial para mais de 144 mil brasileiros que dependem exclusivamente do tratamento da Terapia Renal Substitutiva (TRS) para sobreviver. A ABCDT defende junto ao Ministério da Saúde o reajuste imediato de 46% no valor da sessão de hemodiálise para garantir o reequilíbrio financeiro e o pleno funcionamento das clínicas conveniadas ao SUS e que atendem 85% da população de renais crônicos.

Reajuste para manter o atendimento

“É importante destacar que o último reajuste do Ministério da Saúde aconteceu em 2017, quando o reembolso da sessão de hemodiálise passou de R$ 179,03 para R$ 194,20, com aumento de 8,47%. Porém, este valor, que à época já era insuficiente e muito abaixo da inflação, hoje é insustentável, obrigando as clínicas a arcar com a diferença em cada sessão”, explica o presidente da ABCDT e da Fundação Pró-Rim, médico nefrologista Dr. Marcos Alexandre Vieira.

O gestor lembra que em 2016, a própria equipe técnica do Ministério da Saúde já havia calculado o custo da sessão da diálise em R$ 219. A partir de cálculos de atualização dos custos, o valor mínimo que está sendo defendido junto ao Ministério da Saúde é de R$ 285,45.

Risco de colapso

O retrato da diálise no Brasil é uma tragédia anunciada. A situação dos serviços prestados pelas clínicas privadas que atendem ao SUS está precária e caminhando rapidamente para um colapso no setor. Muitas clínicas alertam para o risco iminente de fechamento total da unidade ou encerramento de contratos para atendimento aos pacientes SUS.

No País, apenas 7% dos municípios possuem uma clínica de diálise, sendo que a maioria está localizada em grandes cidades ou em capitais. Muitos pacientes dependem do transporte para chegar ao seu tratamento. Já não bastasse esse fator, nos últimos 5 anos 39 clínicas tiveram de encerrar seus serviços por conta da crise financeira e a falta de investimentos.

“Nosso objetivo com o Dia D da Diálise é sensibilizar autoridades, agentes públicos e a sociedade quanto à necessidade de revisão urgente da tabela SUS para a diálise e às crescentes dificuldades de acesso ao tratamento”, reforça Vieira. “Com aumento significativo de custos e a grande defasagem no valor do reembolso, a maioria das prestadoras de serviço ao SUS precisa recorrer a empréstimos ou não consegue sustentar o tratamento, sendo real o risco de desinvestimento no setor”, complementa.

Situação de insolvência

No Brasil, 820 estabelecimentos prestam o serviço de diálise, sendo 710 unidades clínicas privadas. Com o crescente aumento de pacientes renais e com as clínicas em situação de insolvência e sem capacidade de expansão, torna-se crítica a garantia da continuidade de atendimento aos pacientes em diálise, bem como o acesso da população às alternativas de tratamento, resultando em filas de espera e ocupação de leitos hospitalares para realização de diálise.

A Fundação Pró-Rim, instituição filantrópica que realiza os tratamentos de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal, é uma destas clínicas que enfrentam a realidade da falta de recursos. Por isso, é tão importante a solidariedade da comunidade por meio de doações, assim contribuindo com o tratamento dos mais de 600 pacientes renais crônicos da instituição.

Para mais informações sobre a campanha, acesse o site: www.vidasimportam.com.br

Serviço

O quê: Ação da campanha “Vidas importam. A diálise não pode parar”

Quando: quinta-feira (26/08)

Informações adicionais à imprensa: (47) 3431-3800 com setor de Comunicação da Fundação Pró-Rim | (61) 99830-9906 com Assessoria de Imprensa da ABCDT

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