“Mete a Colher”: artistas se unem em manifesto e coletam 1,5 mil de assinaturas pelo fim da violência contra a mulher

A rapper, compositora e produtora Taz Mureb lançou uma música-manifesto acompanhada de um abaixo-assinado pelo fim da violência contra a mulher. Intitulada “Mete a Colher”, a ação, segundo o texto da petição hospedada na plataforma Change.org, é um “repúdio ao fato de um agressor de mulher ganhar quase 500 mil seguidores após os vídeos da violência serem divulgados”. Aproximadamente 1,5 mil apoiadores já se uniram ao manifesto.

O abaixo-assinado online foi criado três dias depois de virem à tona os vídeos de câmeras de segurança que mostram o DJ Ivis agredindo a ex-mulher na frente da filha e de outras duas pessoas. O DJ, que antes do episódio tinha pouco mais de 720 mil seguidores no Instagram, viu esse número aumentar para quase 1 milhão, o que gerou protestos.

O manifesto segue engajando os inconformados com o caso e com as recorrentes notícias de agressões e assassinatos de mulheres no país. Alguns números que retratam esta realidade foram destacados no texto da petição: 71% dos casos de violência frequente são cometidos contra as mulheres; a cada 4 horas uma mulher é morta violentamente no Brasil; no ano de 2020 foram mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher.

Entre os assinantes do manifesto, conforme mostra o texto, estão outros artistas, entre eles o cantor Tico Santa Cruz, o ator Marcelo Adnet, a cantora e ativista Preta Ferreira, além do Mamilos Podcast, a rede Jornalistas Livres e outros grupos e movimentos.

“Vivemos num dos países com maior índice de feminicídio do mundo e entendemos que, mais do que um problema legislativo, é um problema cultural, de machismo e misoginia enraizados no patriarcalismo brasileiro”, denuncia o manifesto. No texto, Taz Mureb explica que o “Mete a Colher” “é uma convocação para que a sociedade de maneira geral, homens e mulheres, se unam para combater esse ciclo nefasto de violência contra mulheres cis e trans”.

Além da petição, a rapper lançou uma música com mesmo título, na qual se apresenta como mais uma sobrevivente e segue cantando: “…sobrevivendo no inferno, puxando a revolução de um país que odeia mulheres só por elas serem quem são”. O rap ainda convoca as pessoas a meter a colher e salvar a mulher quando presenciarem casos de agressão.

“Em briga entre homem e mulher, mete a colher: salve a mulher”, finaliza o texto do abaixo-assinado. Confira a petição na íntegra: http://change.org/MeteAColherSim

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