Como escolher uma escova de cabelos?

Escolher uma escova adequada faz parte do tratamento capilar e da manutenção do cabelo. Uma escova apropriada para o tipo e necessidade de cada pessoa é capaz de proteger os fios de danos causados por tração ao escovar, o que significa que, dependendo do tipo, tamanho e cerdas da escova que se usa é sim possível expor a haste capilar a quebras por fragilização ao longo do uso ou no simples desembaraçar. Então para ajudar a escolher a melhor escova para os cabelos Dr Ademir Leite Junior, médico e tricologista, elenca o que o utensílio deve ter para ajudar o consumidor na compra.

Segundo o especialista em saúde capilar, existem no mercado opções que reúnem algumas características que podem ser levadas em consideração para todos, independentemente de ter problemas capilares, -os que precisam de algo especial também estão assistidos por produtos que são facilmente encontrados. Mas ele também enfatiza: “Não existe um modelo universal, o que se pode procurar são pontos de qualidade que formam uma boa escova que possa ser usada sem prejudicar os cabelos quando o acessório pessoal, por algum motivo, não estiver disponível”.

1 – Cerdas com bolinhas nas pontas: Normalmente são feitas em plástico e as tais bolinhas de silicone, o que gera um conforto com efeito massageador no couro cabeludo. As cerdas mais compridas e ligeiramente flexíveis conseguem um desembarace mais sutil com risco diminuído de quebra;

2 – Cerdas naturais: Famosas por contribuir para fios brilhosos e menos frizz, as escovas de cerdas naturais são as queridinhas também por quem cuida dos cabelos das crianças. Dependendo do modelo, pode vir mista com cerdas de plástico ou de outros materiais “mais firmes”. Macias ou mais rijas, as cerdas dessas escovas cumprem muito bem o papel de desembaraçar variados tipos de cabelos por serem mais flexíveis, o que também facilita o espalhamento da oleosidade aos fios pelo formato em pequenos tufos pela raquete;

3 – Escovas grandes com raquete quadrada ou oval: É um modelo comum entre as marcas por serem consideradas escovas que desembaraçam bem e adequadas para o dia-a-dia, inclusive durante o banho. O formato permite diferentes disposições de cerdas, o que deve ser considerado na hora da escolha:

a) Quanto maior o número de cerdas e se forem mais juntas a escova tende a dar mais volume aos cabelos, “as pessoas que estão passando por rarefação capilar e têm o couro cabeludo com condições de ser escovado podem lançar mão desse tipo, afim de ter a impressão de mais fios até que o tratamento a que se propõe devolva o volume capilar.

b) Quanto mais espaçadas as cerdas, menor o volume. Ideais para quem deseja controlar o volume dos cabelos. Caso as cerdas ainda tenham as bolinhas nas pontas os plus são a massagem no couro cabeludo e menos frizz.

Tricologista há mais de duas décadas, Dr Ademir acompanhou muitas tendências baseadas nas pesquisas e orientações de profissionais em saúde capilar de todo o mundo. Ele comenta que de tempos em tempos o mercado lança produtos diferenciados para atender o consumidor cada vez mais exigente e conhecedor das suas necessidades.“Há relativamente pouco tempo, uma marca de escovas inglesa passou a disponibilizar opções até então bem diferentes no Brasil. Logo os modelos sem cabo, em formato oval, com grande volume de cerdas médias e macias por toda a extensão e com ergonomia para se acomodar na mão espalmada começaram a ser copiadas. O sucesso não se deu apenas pelo disign diferenciado, essas escovas realmente eram responsáveis por facilitar o desembarace dos fios sem agredir o couro cabeludo e, principalmente, os tipos cabelos finos e sensibilizados. Agradou públicos que foi dos cabelos quimicamente tratados, passando pelos muito compridos, até os cabelos cacheados e afros”, pontua o tricologista.

Aos adeptos do secador e chapinha resta escolher entre as opções do mercado para o melhor resultado no styling. Dr Ademir salienta que a preocupação deve seguir na proteção dos fios e do couro cabeludo. Para quem está em tratamento de algum problema capilar a ressalva é contar com ajuda profissional para escolher o modelo de escova apropriado que cumpra com a funcionalidade a temperaturas mais altas e para o momento sensível do paciente.

“Sou partidário de termos mais de uma escova em casa. Isso porque os cuidados com os cabelos exigem cuidados diferentes para momentos diferentes. Mais que isso, temos uma diversidade muito grande de tipos de cabelos. Finos, grossos, dos mais lisos aos mais cacheados”, finaliza.

Mantenha as escovas limpas

Seja para quem frequenta salões de cabelereiro ou quem cuida dos cabelos em casa, manter uma rotina de higienização das escovas é essencial, sobretudo para quem usa químicas de transformação ou prefere aquelas escovas com almofadas que aumentam o risco de acumular resíduos. “Somos uma “colônia gigante” de microrganismos ambulantes e que, dependendo do tipo de microrganismo que a compõem, podemos viver sem transtornos. Essa seria o que chamamos de microbiota natural, ou seja, o conjunto de microrganismos que coloniza a pele, a mucosa e alguns órgãos do nosso corpo, nos trazendo inclusive benefícios, sem causar doenças. Por outro lado, existe um grupo de microrganismos patogênicos que podem, uma vez em contato com o hospedeiro (o sujeito, você e eu), causar doenças (e isso depende, obviamente, de muitas variáveis, uma delas é ter feridas ou cortes que seriam portas de entrada). No entanto, há doenças que são causadas por fungos e insetos cuja transmissão e contágio não dependem de uma porta de entrada. Por isso, escovas e pentes de cabelo são objetivos capazes de atuarem como meios de transmissão de contaminantes”, explica Dr Ademir.

A higienização é simples, bastando retirar os fios depositados na escova, deixar de molho em água com detergente (se tiver acesso ao detergente enzimático, melhor), sendo necessário, reforçar a limpeza com esponja e escovinha. Para secar basta usar uma toalha ou secador de cabelos, é opção também deixar ao ar livre. Para finalizar, use álcool 70%, exceto quando o uso possa danificar o material da escova, daí vale a opção de outro desinfetante apropriado ou hipoclorito de sódio em baixíssimas concentrações 0,0025 – 00,1%.

Fonte: Blog O Tricologista (http://otricologista.com/)

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