Especialista alerta sobre cuidados com medicamentos para asma

Junho é conhecido como o mês da asma e também marca o inverno, época em que pacientes asmáticos precisam redobrar a atenção com a saúde. Segundo informações do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no Brasil, existem aproximadamente 20 milhões de portadores de asma, ocorrendo em média cerca de 350.000 internações por ano.

A asma é causada por uma inflamação crônica nas vias aéreas ou brônquios e os principais sintomas são falta de ar, dor no peito, dificuldade para respirar e tosse. “Ela costuma agravar mais no inverno devido a queda da umidade do ar. Além disso utilizamos casacos, cobertores e edredons que se mantêm guardados durante um bom tempo no armário, o que nos faz ter contato com ácaros, vírus, fungos, bactérias e podem gerar alergia e agravar a doença”, explica Ana Cláudia R. Hadid, gerente do núcleo farmacêutico da Poupafarma.

“O principal objetivo do tratamento de asma é o alívio dos sintomas agudos como tosse, falta de ar e a oxigenação adequada. Os medicamentos para alívio de crises são os broncodilatadores, pois tem efeito rápido, provocando relaxamento dos músculos dos brônquios, melhorando a passagem do ar. Atuam no momento da crise, mas não tratam a doença, pois tem pouco efeito na inflamação crônica da asma”, explica Ana.

Com a finalidade de orientar os pacientes quanto ao manejo e administração dos medicamentos, a farmacêutica explica sobre alguns cuidados que os asmáticos precisam ter.

As interações medicamentosas são eventos clínicos em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.

Os medicamentos para asma devem ser administrados apenas com prescrição médica, pois o médico fará a avaliação do paciente e decidirá qual o melhor tratamento para cada caso. Pais de crianças asmáticas e pacientes devem ficar atentos aos horários dos medicamentos e a inalação da bombinha nos momentos de crise. “O uso incorreto dos medicamentos para asma pode agravar e até mesmo desencadear uma crise. O paciente deve fazer uso da medicação conforme orientação do prescritor para manter o controle das crises, tendo assim, melhor qualidade de vida”, enfatiza.

É muito importante saber como armazenar e descartar os medicamentos de forma segura, mantendo-os em ambientes que não interfiram em suas características físico-químicas e alterações terapêuticas. “Os medicamentos contra asma devem ser mantidos fora do alcance das crianças, armazenados em ambientes longe da luz, limpos e bem embalados, de preferência em suas caixas”, conclui.

Embora a entidade internacional GINA (The Global Initiative for Asthma) tenha divulgado documento em que ressalta que a asma não é fator de risco para COVID-19 é fundamental tomar os cuidados já conhecidos contra o vírus, utilizando máscara, álcool em gel, distanciamento social, evitar aglomeração além de ficar atento ao calendário da vacinação em seu estado. “O ministério da saúde já liberou, sob atestado médico, a vacina para pacientes com pneumopatias, incluindo a asma grave, mas é importante reforçar que não há possibilidade de certificar a doença em pacientes que não estejam em acompanhamento profissional há mais de doze meses”.

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