Clean Beauty: pesquisa inédita mostra realidade da tendência no Brasil
Não é exagero dizer que a Clean Beauty é a maior tendência de beleza em todo o mundo hoje. O movimento já marca presença em diferentes categorias de produtos, de skincare à maquiagem, e ganha cada vez mais espaço nas rotinas de cuidados com os cabelos. Embora não haja uma definição única para o termo, é consenso que os produtos Clean Beauty têm alto percentual de naturalidade, não são testados em animais e englobam práticas sustentáveis, como ingredientes de fontes renováveis e programas de reciclagem.
Com os consumidores mais conscientes do impacto do consumo no meio ambiente e atentos aos rótulos dos produtos que colocam em seus carrinhos de compras, sejam eles físicos ou virtuais, a busca por alternativas que utilizem uma quantidade mínima de químicos e equilibrem o autocuidado com o cuidar do planeta aumentou.
No Brasil, o cenário não é diferente. Uma pesquisa realizada pela startup Opinion Box com exclusividade para a Flora, fabricante da marca de produtos veganos para cabelos OX Cosméticos, mostrou que a Clean Beauty também é uma realidade por aqui.
O levantamento, realizado no fim de março e início de abril, com mais de 500 mulheres nas cinco regiões do País, apontou que 75% das brasileiras mudaram o seu critério de escolha de produtos de beleza nos últimos anos. Atualmente, mais de 40% delas já priorizam produtos com uma quantidade mínima de químicos e ingredientes naturais. Embora custo-benefício e fragrância ainda tenham um peso importante na escolha de um novo shampoo ou condicionador, por exemplo, as características do clean hair care já aparecem como fatores decisivos para a compra.
Antes de testarem um novo shampoo, por exemplo, mais da metade das brasileiras (58%) leem o rótulo do produto para descobrir se a formulação inclui sal. Outros 38% se atentam também à presença de silicones pesados, parabenos e corantes. “A tendência Clean Beauty pode ser resumida, em uma linha, na busca por produtos livres de ingredientes que podem danificar os cabelos e têm impacto reduzido no meio ambiente. A maneira como nos conectamos com a beleza está mudando. Estamos mais engajadas em escolhas que priorizam a saúde. Nossa e a do planeta. Prova disso é que mais da metade das brasileiras já experimentou um produto para cabelo com alto percentual de naturalidade e, dessas, 88% aprovaram os resultados”, afirma Cintia Fuchs, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento na Flora.
O acesso à informação teve e tem papel fundamental nessa mudança. Hoje, 55% das brasileiras estão pesquisando sobre as marcas e produtos que desejam comprar na internet antes de levá-los para o chuveiro. E mais de 70% deixariam de comprar um item após descobrir que ele foi testado em animais.
O levantamento mostrou, ainda, que 94% das consumidoras que pesquisam sobre as marcas e leem as embalagens dos produtos antes da compra dão preferência para as formulações com ingredientes naturais. E, dessas, mais de um terço acredita que esses produtos deixam seus cabelos mais bonitos e saudáveis e reduzem o risco de alergias.
A indústria tem respondido à demanda. Neste mês de abril, por exemplo, a OX Cosméticos lança a sua linha OX Plants, com 93% de ingredientes naturais. A novidade chega ao mercado em três versões: Hidrata & Dá Brilho, Nutre & Cresce e Cuida do Couro & Fortalece – todas liberadas e formuladas sem adição de cloreto de sódio (sal), silicones, óleos minerais, corantes e parabenos.
“Com tecnologia de ponta é possível criar fórmulas com ingredientes vegetais naturais e uma quantidade mínima de químicos necessários para assegurar a estabilidade dos produtos, mas não agressivos aos cabelos ou ao meio ambiente. O chá verde presente em uma das versões da nossa linha OX Plants, por exemplo, é orgânico e conta com a certificação internacional COSMOS, de cosméticos orgânicos e naturais”, explica Cintia.
As embalagens da nova linha são de plástico reciclável e exibem o selo eureciclo, de compensação ambiental, o que significa que, a cada produto colocado à venda, uma quantidade equivalente de material é reciclada.
Essa nova consumidora é mais exigente, conectada e reconhecidamente ávida por novidades e esse é mercado que que não para de crescer: apesar de toda instabilidade de 2020, a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registrou crescimento de 5,8% em 2020 e um superávit de US$ 23,4 milhões.