Equilibrar atividade mental e física é o desafio do homeoffice e do estudo remoto

A pandemia afetou a vida de 44 milhões de crianças e adolescentes, que pararam de frequentar as salas de aulas e passaram a estudar em casa, de acordo com dados do Unicef. Os profissionais que migraram para o sistema homeoffice também foram afetados e muitos afirmam estar trabalhando por mais horas e sem pausas necessárias para a mobilidade do corpo.

A especialista em Educação Física e professora do Colégio Marista Anjo da Guarda, Juliana Speltri. “Muito tempo parado na frente do computador pode ser prejudicial, pois o corpo poderá sofrer consequências fisiológicas como: problemas circulatórios, aumento de peso, postura inadequada, dores no corpo, LER (Lesões por Esforço Repetitivo)”. Ela explica que o ideal é fazer pequenas interrupções a cada meia hora ou quarenta minutos e ir alongar-se, andar pelo espaço que está situado e mexer o corpo.

Atividade mental X física

O sedentarismo é a maior causa da obesidade e ficar muito tempo parado em frente à tela é uma rotina que está cada dia mais frequente. E mesmo nos momentos de lazer, há quem continue nos aparelhos eletrônicos, jogando video game.

Os jogos on-line ativam a adrenalina do corpo em uma proporção muito alta, de acordo com Juliana. A adrenalina é um hormônio produzido pela glândula suprarrenal e é responsável pelas sensações de estresse e excitação. “Os jogos que demandam um nível de atenção cada vez maior para vencer as fases, fazem com que o corpo injete mais adrenalina no sangue para dar conta do nível de excitação provocado pela ação do game. Nesse caso, jogar antes de ir dormir, é insônia na certa”, analisa a professora, que continua: “além disso, a ansiedade provocada pelo estímulo também favorece a insônia”.

Consequências

Dormir pouco ou dormir mal aumentam os níveis de cortisol fazendo com que a irritabilidade, depressão, mau humor, obesidade, falta de memória, visão turva, problemas cardíacos como palpitações, ansiedade, fadiga estejam presentes no dia a dia. Segundo a especialista, “uma noite mal dormida de vez em quando não vai causar grandes problemas, mas passar a noite em claro ou ir dormir tarde por muito tempo, pode causar consequências muito ruins principalmente para a saúde, estudos e tarefas diárias”.

Segundo um estudo realizado pela University School of Medicine, de Stanford (EUA), o número de horas de sono ideal para cada pessoa varia, de um modo geral, entre sete e nove horas por noite. É no sono profundo que todas as informações que adquirimos durante o dia são armazenadas e assimiladas no cérebro. Por isso esse momento é tão importante pois é quando o processo de aprendizagem acontece no organismo. Outro aspecto muito importante é o hormônio do crescimento, o GH. É durante o sono profundo que ele circula no corpo.

Para uma boa qualidade do sono, alguns cuidados devem ser tomados, são eles:

·       Não praticar atividade física até três horas antes de dormir. É importante lembrar movimentar o corpo pode contribuir para a melhora do sono, desde que realizada fora desse período;

·       Ter horário para dormir e acordar;

·       Não se alimentar próximo ao horário de dormir;

·       Ter um ambiente tranquilo, longe de barulho e luz, principalmente de eletrônicos;

·       Alimentação saudável também é um fator importante para ter uma boa qualidade do sono.

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