Cresce número de jovens que recorrem a próteses dentárias
Os brasileiros têm perdido dentes permanentes cada vez mais cedo. Segundo o levantamento “Percepções Latino-Americanas sobre perda dentária e autoconfiança”, conduzida pela Edelman Insights, 16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente. Destes, um em cada cinco na faixa de 24 a 40 já usam próteses dentária.
Fatores como má higiene bucal, doenças periodontais, uso de substâncias químicas e principalmente dificuldade de acesso aos tratamentos e acompanhamentos periódicos estão entre os principais fatores que culminam no elevado número de desdentados do país. O cenário, porém, faz surgir a necessidade de inovações frente aos implantes dentários, que precisam se tornar cada vez mais acessíveis e eficientes para conseguir atender essa parcela significativa da sociedade.
“Em termos de tecnologia, a implantodontia tem evoluído bastante nos últimos anos. Apesar de ainda não ser um tratamento disponível para todas as esferas populacionais por conta do custo, o mercado vem trabalhando em soluções práticas e com custo benefício competitivo”, garante a odontologista especialista em implantodontia Dra. Patrícia Bertges.
Segundo a especialista, independentemente se o dente perdido está localizado na parte de trás ou da frente da arcada, é necessário colocar uma prótese no lugar. “A necessidade de reposição extrapola a harmonia estética do sorriso. Ao perder um dente, a funcionalidade da arcada dentária também é comprometida, assim como pode ocorrer perda óssea e possibilidade de outras perdas dentárias”, alerta a dentista.
Para repor o dente perdido, há desde próteses removíveis, até tecnologias fixas que podem ser implantadas em poucos dias. “Entre as alternativas mais vantajosas está o Protocolo de Branemark, que reabilitação completa da arcada em um prazo de 72 horas, enquanto outros implantes podem levar até seis meses para serem finalizados”, explica a implantodontista.
Além do curto prazo e do custo benefício, o protocolo normalmente é sem dores e inchaços. A implantação é realizada sob sedação com equipe médica. “Esta técnica, utilizada desde os anos 60 e aperfeiçoada a cada dia, é executada em duas etapas, com intervalos que variam de acordo com cada caso. Na primeira etapa, são instalados de 4 a 6 implantes, que servirão como sustentação para a prótese. Na segunda, são instalados os pilares que receberão novos dentes. Terminados os procedimentos, os pacientes ficam reabilitados para terem uma vida normal”, garante Dra. Patrícia Bertges.