Dossiê forro: Carina Dal Fabbro orienta sobre como não errar na escolha do material ideal para os ambientes

Tão importante como os demais materiais incluídos num projeto de arquitetura e decoração, o forro faz toda a diferença para que um ambiente fique confortável e lindo. Parte da estética de um ambiente, principalmente relacionada à iluminação, esse item requer alguns cuidados, especialmente na escolha do material ideal que vai complementar o espaço de acordo com a sua funcionalidade. Para ajudar nessa tarefa, a arquiteta Carina Dal Fabbro, à frente do escritório que leva o seu nome, reuniu diversas dicas e inspirações para não haver erros nesse assunto.

O item, que não está relacionado apenas ao visual do espaço, precisa ser versátil, esconder o telhado e as vigas, quando falamos de casas, e ocultar também dutos elétricos e de ar condicionado, além de aumentar o isolamento acústico e térmico”, explica Carina, profissional com muita experiência em projetos de interiores.

 

Qual opção escolher?

Existem diversos tipos de forros, que variam de acordo com a necessidade de cada espaço. Os mais usados são os de madeira, PVC, drywall, bambu, fibras minerais e lã de vidro (esses dois últimos amplamente adotados em ambientes corporativos). “Gosto muito do drywall e usamos em 90% dos projetos em nosso escritório. Além de nos dar praticidade e agilidade na execução, conseguimos empregá-lo em projetos internos residenciais e comerciais”, comenta Carina Dal Fabbro. Em busca constante de soluções inovadoras, a arquiteta lembra ainda de um modelo recentemente apresentado em feiras de construção e acabamento, como o teto vinílico, produto com base de material vinílico e aditivos que possui três camadas capazes de garantir o design e a textura diferenciados do revestimento.

Ambiente com teto vinílico trazendo o toque da madeira para o forro. Esse material é muito mais leve do que o gesso ou a madeira e tem instalação rápida | Foto: Divulgação Teto Vinílico

 

Reforma

Quem já possui um forro e gostaria de trocá-lo precisará seguir algumas orientações. “Quem deseja o melhor custo benefício, o PVC ou gesso são os produtos mais encontrados no mercado e com o drywall é possível trabalhar mais possibilidades em um projeto”, diz Carina. A instalação de um novo forro possibilita que você insira itens como caixas de som, iluminação, elétrica, entre outros, de forma embutida, facilitando o dia a dia e as manutenções de rotina. De acordo com a profissional, convém checar como será o percurso dos conduítes antes da instalação do forro escolhido.

 

Limpeza e manutenção

Sempre em destaque e, na maioria dos casos com tons claros, o forro requer atenção quanto à limpeza e manutenção. Em geral, tirar manchas e sujeiras é um procedimento simples, basta usar pano levemente umedecido. “Em superfícies lisas, por exemplo, é mais fácil remover manchas. A dica é usar uma esponja com detergente ou borrifar outros produtos existentes no mercado”, sugere a arquiteta.

Em ambientes como banheiros, cozinhas ou áreas de serviço, mais expostos a umidade, ao optar pelo forro de drywall é importante recorrer às placas mais resistentes, como as chamadas de chapas RU ou drywall verde, dotadas de um aditivo hidrofugante capaz de garantir a resistência ao entrar em contato com a água.

Durante a limpeza do forro convém atentar-se também às paredes. No caso das feitas de drywall, elas não podem ser lavadas. Para Carina Dal Fabbro, jatos de água, eventualmente usados em paredes de alvenaria, podem danificar o drywall. Também não é recomendado adotar equipamento de limpeza à base de jato de vapor.

Neste apartamento, a sanca em gesso nas laterais da sala foram inseridas para receber iluminação. Aqui, a arquiteta Carina Dal Fabbro preferiu não baixar a altura do pé-direito e manteve a laje de concreto pintada | Foto: Rafael Renzo

Iluminação

Um item muito importante em conjunto com o forro é, sem dúvida, a iluminação. No caso das luminárias embutidas convém selecionar opções que combinem com o estilo do ambiente, seja industrial, moderno, clássico, entre outros. “Para uma instalação bem-sucedida é preciso que o pé-direito do ambiente tenha, no mínimo, 15 cm para que a colocação das luminárias seja realizada. Nesse caso, entre as melhores alternativas estão os forros de drywall e de gesso”, finaliza Carina.

 

Ambos com forro de drywall, a sala de estar possibilitou embutir caixas de som e iluminação, enquanto o banheiro ganhou sanca invertida iluminada para realçar a parede de mosaicos. | Fotos: João Ribeiro

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