Geração Z: o comportamento de quem nasceu na era digital
O primeiro grupo de pessoas já nascidas no fim dos anos 90, em um ambiente completamente digital, é chamado de Geração Z. O fácil acesso à informação e familiaridade com a internet fazem com que esses jovens tenham desde cedo comportamentos e pensamentos mais disruptivos quando comparados com gerações anteriores. São pessoas que acompanharam a evolução tecnológica e que aprenderam a se relacionar por redes sociais e aplicativos. Essa movimentação no mercado é um dos pilares observados para a criação startup de investimentos em economia criativa DIVI•hub, que atua diretamente com esse perfil.
Por estarem acostumados a explorar o mundo digital e engajar microcomunidades, os nativos digitais se identificam com grupos que contenham interesses em comum. “Isso quer dizer que valorizam muito mais a opinião dos seus semelhantes do que uma comunicação unilateral. Essa geração quer fazer parte de alguma coisa e se comunicar de maneira muito mais direta com seus interesses”, conta Ricardo Wendel, fundador da DIVI•hub.
Com o crescimento da Geração Z, que atualmente representa 32% da população mundial, marcas e empresas já estão conversando com esse público e entendendo a melhor forma de se comunicar com eles. Esse grupo espera que as empresas se identifiquem com suas necessidades e se portem como um membro dessa comunidade, eles querem ser ouvidos de igual para igual. Wendel cita um bom exemplo disso, a mobilização online em torno do design do Sonic no filme do personagem, quando o estúdio ouviu a comunidade e atendeu suas reivindicações, alterando seus traços e ganhando, assim, a simpatia, apoio e a aceitação de todos.
Por estarem acostumados com uma comunicação horizontal, esse grupo tende a se identificar com marcas que despertam uma certa proximidade, que deem a sensação de pertencimento junto às suas paixões, as famosas love brands. “As marcas precisam pensar em estratégias onde se tornem “enablers”, isto é, que viabilizam os sonhos do público. Como fazer isso? Facilitando um ecossistema onde o público, marcas e criadores de conteúdo trabalhem em sintonia”, completa Wendel.
O marketing vem se transformando e acompanhando o crescimento das redes sociais e novas tecnologias. Por conta do comportamento dessa geração, as marcas precisam conversar com seu público, precisam ouvi-los, se conectar, ser verdadeiro e ter uma relação de proximidade com as comunidades alvo. Segundo o estudo GEN Z & Entertainment, apresentado pela Vivendi Band Marketing, eles buscam autenticidade e genuinidade, 61% preferem que as marcas apresentem pessoas reais em seus anúncios e campanhas. O resultado disso é uma marca mais engajada com o coletivo, que tem um público fiel e que agrega valores, tornando-os não apenas um consumidor, mas sim, um fã.