Liberdade
Liberdade.
Temos escutado tanto esta palavra, que ela já faz parte do nosso cotidiano.
Às vezes deturpada; às vezes mal construída (em um contexto qualquer) e, raramente, bem empregada.
Deturpada, é quando ela é usada de forma ilícita, passível de sanção (de acordo com o entendimento de um julgador). Limitações e imposições são estabelecidas por quem determinará, digamos, a “área de atuação”.
Algo mais ou menos parecido como acusar alguém de algo que não cometeu ou ofender a sua honra ou a sua dignidade. Aqui ela se torna deturpada, pois foi usada de forma caluniosa ou de outra forma de depreciação.
Mal construída, é quando ela serve para alguns, numa narrativa de tentar encobrir uma (ou várias) transgressão, que leva à suspeição de que algo não está correto, porém, supostamente legitimado pela tão propagada liberdade.
É aquela velha máxima, já conhecida de muitos : ” a vida é minha, faço dela o que eu quiser “.
Então, tá !
E, certamente, quem diz isto, pensa que criou asas e saiu voando mundo afora, pousando de galho em galho, até assentar-se num ramo podre, este quebrar-se e … Este é o uso da liberdade de forma equivocada.
Porém, quem assim proceder, que tenha consciência dos seus atos, assuma e responda por eles.
A raramente usada, é aquela em que se abstém ou se auto estabelece um limite de envolvimento, participação em comentários que fujam à sua (boa) índole, até para não sair queimado, machucado e desacreditado. Também chamada de bom senso.
Contudo, se juntarmos a liberdade DETURPADA com a MAL CONSTRUÍDA, veremos que são parecidas. Porque são usadas de forma a prejudicar alguém ou se prejudicar. Ambas serão passíveis de julgamento, ou pela lei, ou pela consciência.
Mas, como podemos usar a nossa liberdade absoluta, se em algumas oportunidades somos cerceados no nosso lidimo direito de ir e vir; no nosso direito à livre manifestação?
Com zelo, lealdade aos nossos princípios de respeito, discernimento e dignidade !
“Querendo a nossa liberdade, descobrimos que ela depende inteiramente da liberdade dos outros.”
Jean Paul Sartre, filósofo e escritor francês