Principal causa de mortes entre crianças, câncer ainda tem diagnóstico tardio

Primeira causa de morte entre o público infantil (de 0 a 19 anos) no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a sobrevida de pacientes nessa faixa etária pode chegar até 80%, desde que a doença seja detectada em estágio inicial. Na expectativa de aumentar as chances de cura de crianças e adolescentes com câncer, o maior centro de tratamento oncológico e pediátrico do Paraná, o Hospital Pequeno Príncipe, alerta sobre a importância do diagnóstico para Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância, celebrada na próxima segunda-feira (15/2).

Referência há mais de 50 anos, a instituição reúne a excelência técnico-científica, ao cuidado humanizado, multidisciplinar e com o apoio de profissionais de 32 especialidades para diagnosticar e tratar pacientes oriundos de todo os país. “Temos importantes avanços no diagnóstico com exames de imagem (ressonância magnética) e o diagnóstico molecular com o Laboratório Genômico. A integração da pesquisa com a prática clínica, por meio da participação do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, é outro diferencial”, explica a chefe do setor no Pequeno Príncipe, Flora Mitie Watanabe.

Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e da Sociedade Brasileira de Patologia realizado no ano passado estimou que entre 50 e 90 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer nos primeiros meses de 2021. Ainda segundo o INCA, a cada ano cerca de 12 mil novos casos da doença surgem no país, com previsão de 2,7 mil mortes, mas diferentemente do que pode acontecer com adultos, o estilo de vida geralmente não tem influência no desenvolvimento de cânceres no público infantil.

 

Os cânceres em crianças e adolescentes são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente. Por outro lado, os pacientes infantis respondem melhor ao tratamento e as chances de cura são maiores, se comparado com o público adulto. “O diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento e é o caminho que leva à cura. E quando se fala sobre casos de câncer que acometem pacientes que fazem parte do público infantojuvenil, ele é essencial. Crianças e adolescentes respondem melhor ao tratamento com quimioterapia. Por isso, é importante que a doença seja descoberta o quanto antes”, alerta a médica.

 

O Setor de Oncologia do Pequeno Príncipe oferece atendimento a pacientes de 0 a 18 anos e é considerado o maior serviço pediátrico do Paraná na área, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, sendo que cerca de 80% dos tratamentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital também é referência no tratamento de tumores sólidos e doenças hematológicas malignas e não malignas no Brasil, com tratamento completo e multidisciplinar. Em 2019 realizou 1.093 internações e 7.775 atendimentos ambulatoriais.

 

Sinal de alerta

A leucemia é o tipo mais comum de câncer em crianças, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas e muitas vezes, os sintomas do câncer podem ser confundidos com doenças comuns da infância por isso é importante estar atentos aos seguintes sinais:

 

  • Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.
  • Palidez inexplicada.
  • Fraqueza constante.
  • Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.
  • Manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas.
  • Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.
  • Perda de peso, com aumento/inchaço na barriga.
  • Febre ou suores constantes e prolongados.
  • Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.

 

A instituição também disponibiliza uma cartilha para famílias que estão enfrentando a doença. O download gratuito pode ser feito clicando aqui.

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