Perda de olfato e paladar podem permanecer após o coronavírus

Um dos sintomas da COVID-19 é a perda de olfato e do paladar. Chamada de anosmia (quando ocorre a perda total) e hiposmia (perda pacial), a perda do olfato é um sintoma característico da doença e ocorre de forma relativamente rápida e súbita. “Poucas doenças causam essa perda repentina, o que nos ajuda no diagnóstico do coronavírus. Além deste ser, às vezes, o único sintoma, ou um dos iniciais”, explica a Dra. Danielle Salvati de Campos Malaquias, otorrinolaringologista do Hospital São Vicente (CRM 19596 e RQE  14720).

Muitos pacientes têm melhora dos outros sintomas, como febre e mal-estar, mas permanecem com a anosmia e hiposmia por mais tempo. “Estudos mostram que 10 a 20% da população atingida podem permanecer com a perda do olfato por mais de 60 dias”, complementa Danielle.

Além do olfato, é normal também a sensação de diminuição do paladar e pode ocorrer a ageusia (perda total). Quanto antes começa-se o tratamento, melhor o prognóstico. “Quando não há acompanhamento médico, normalmente o paciente evolui para uma etapa de sentir cheiros ruins, conhecida por cacosmia”.

Mas como tratar? Primeiro é importante realizar o diagnóstico com exames específicos como Nasofibroscopia ou Videoendoscopia Nasossinusal, que afastam outras causas dos sintomas. Além dos medicamentos, também é realizado pelo especialista um treinamento olfatório: “Ele ajuda a recuperar a memória dos neurônios localizados no teto do nariz, através de cheiros específicos. O treinamento também pode ser feito em casa, com óleos e essências como de limão, cravo, rosa e eucalipto. Ou ainda outros aromas como de café, sabonete e talco que auxiliam na memória”, complementa a otorrinolaringologista.

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