Pesquisa releva o que desanima os jovens nas relações pessoais

Uma boa capacidade de interação interpessoal é sempre bem vista no ambiente empresarial. Afinal, se dar bem com líderes, colegas, clientes e fornecedores é fundamental, não apenas para o funcionamento dos negócios, mas para o próprio desenvolvimento da carreira pessoal. Justamente por isso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, quis saber quais pontos podem atrapalhar uma conexão genuína com os companheiros de trabalho. Assim, foi realizada uma pesquisa, com a pergunta “o que mais te desanima nas relações pessoais?”, no ar entre 23 de novembro e 4 de dezembro, para 18.790 brasileiros entre 15 e 29 anos.
Para 60,4% (ou 11.354) dos entrevistados, a “falta de empatia das pessoas” é o principal motivo de impasses na relação com os outros. Para o analista de treinamentos do Nube, Lucas Fernandes, somente com a habilidade de se colocar no lugar do outro é possível estabelecer um envolvimento humanizado entre indivíduos. “A ausência dessa característica pode minar a confiança e cooperação, além de aumentar conflitos não produtivos e discussões pessoais”, comenta.
Outros 3.187, 16,9%, ficam incomodados quando são julgados sem terem direito à defesa. De acordo com Fernandes, o principal problema está relacionado a preconceitos e estereótipos. “Isso se intensifica na realidade corporativa por pensamentos como ‘estagiário não sabe fazer algo, pois está aprendendo’ ou ‘pessoas mais velhas são incapazes de lidar com a tecnologia’. Uma das soluções possíveis começa pelo comportamento individual, pois a cultura de uma empresa é construída por todos os colaboradores. Assim, é importante refletir sobre nossos próprios preconceitos, identificar formas de sermos mais abertos a críticas e, por fim, nos posicionarmos contra situações de discriminação e exclusão”, constata.
Já 9,5% (1.790) apontam a alternativa “precisar ficar calado quando estou com a razão” como principal empecilho. De acordo com o especialista, nem sempre temos abertura para expormos nossas visões, mesmo com a convicção de estarmos certos. “Os valores nas organizações se constroem na ponderação, mediação e conciliação. O indicado é sempre debater ideias e aprender com o processo. Por isso, é tão essencial desenvolvermos a inteligência emocional, para reconhecer as emoções e entender a melhor forma de gerir todas as informações”, orienta o analista.
Cerca de 9,4% (ou 1.774) dos participantes reclamam de não terem suas ideias ouvidas. “A melhor forma de lidar com a sensação de não ser escutado é entender os motivos disso. A regra de ouro é sempre se colocar com sinceridade, chamar gestores e colegas para uma conversa franca e dizer suas opiniões sobre determinada situação”, diz.
“Roubarem minhas sugestões” foi a escolha de 685 ou 3,65%. “Em um cenário organizacional, a maioria das sugestões são construídas de maneira colaborativa. Por esse motivo, quanto mais nos apegarmos a pensamentos de forma individualista, mais mostramos dificuldades em trabalhar em equipe”, alerta Fernandes.
Por fim, o analista dá uma dica fundamental para as relações. “É imprescindível ouvir os outros e entender as reais necessidades de todos. Compreender como cada um tem seu tempo de entrega e ritmo de atuação também é essencial. Exercitar diariamente a empatia e a gestão de sentimentos são competências capazes de mudar a qualidade das interações em qualquer ambiente”, finaliza.
Fonte: Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios

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