Entidades do sistema de saúde alertam população para retomada do comportamento preventivo

As entidades que integram os sistemas público e privado de assistência à saúde de Curitiba reuniram-se na última quinta-feira (19) com a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, a convite da Unimed Curitiba, para analisar o aumento dos casos de Covid-19 na capital e Região Metropolitana e o reflexo disso nos atendimentos médicos ambulatoriais e hospitalares. A constatação foi que se a população não se conscientizar novamente sobre a gravidade e o risco da doença e não retomar um comportamento preventivo de cuidados e isolamento social o sistema de saúde da cidade não dará conta de atender a todos os doentes nas próximas semanas.

Por isso, a Associação dos Hospitais do Estado do Paraná (Ahopar), a Associação Médica do Paraná (AMP), a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar) e a Unimed Curitiba, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, assinaram uma carta aberta à população de Curitiba e região na qual alertam para o atual cenário da Covid-19 na cidade e pedem para que as pessoas assumam o seu protagonismo no combate à doença.

Dois trechos do manifesto expressam bem a preocupação das entidades responsáveis pelo sistema de saúde em Curitiba: “As pessoas perderam o medo da doença. As pessoas não se importam em contaminar outras pessoas, contando que se sintam bem. As pessoas querem “aproveitar a vida” e ignoram a morte”. (…) “Se o comportamento de cada cidadão não mudar, os casos de contaminação e morte baterão nas portas de todas as residências da cidade e deixarão marcas em todas as nossas famílias, sem distinção”.

Nas recomendações que fazem à população, as entidades reforçam que as pessoas com sintomas devem aguardar os resultados de exames em casa e, uma vez confirmada a contaminação, devem cumprir todo o período de tratamento em isolamento total.

Leia o teor completo da carta “Curitiba em estado de alerta”.

CURITIBA EM ESTADO DE ALERTA

As entidades que integram os sistemas público e privado de assistência à saúde de Curitiba alertam à população da cidade e dos demais municípios da Região Metropolitana, que também depende da assistência médico-hospitalar da capital, para o atual cenário da pandemia da Covid-19.

Vivemos um mês de avanço muito rápido da doença na cidade. O sistema de saúde público e privado passa por um momento grave com sobrecarga dos Pronto Atendimentos e com disponibilidade de leitos chegando ao seu limite. Nossas UTIs estão lotadas e quanto mais gente é salva da doença, mais ocupados ficam esses leitos. Estamos internando pacientes nas unidades de Pronto Atendimento por falta de leitos nas enfermarias e quartos dos hospitais.

Você ou algum conhecido seu pode ser infectado, precisar de um internamento e ficar sem atendimento se essa situação permanecer assim!

O principal motivo do avanço da doença foi o relaxamento no comportamento das pessoas. As pessoas perderam o medo da doença. As pessoas não se importam em contaminar outras pessoas, contando que se sintam bem. As pessoas querem “aproveitar a vida” e ignoram a morte.

Se o comportamento de cada cidadão não mudar, os casos de contaminação e morte baterão nas portas de todas as residências da cidade e deixarão marcas em todas as nossas famílias, sem distinção.

Por isso, as entidades que assinam esse manifesto pedem que cada pessoa, de forma consciente e responsável, siga rigorosamente as medidas de prevenção e cuidados para o controle da COVID-19.

  1. Sempre que puder, fique em casa.
  2. Se precisar sair, use a máscara de forma correta durante todo o tempo de permanência na rua ou em locais públicos.
  3. Lave constantemente as mãos e use álcool em gel.
  4. Mantenha o distanciamento social.
  5. Não entre em locais com muita gente, inclusive supermercados.
  6. Evite qualquer tipo de aglomeração, especialmente em frente a bares.
  7. Só frequente lugares que estejam adotando as medidas sanitárias exigidas, como uso de álcool em gel, uso de máscaras, distanciamento social, ambiente ventilado e lotação reduzida.
  8. Se sentir qualquer sintoma da doença, fique em isolamento total em casa.
  9. Se realizar qualquer teste da doença, aguarde o resultado em isolamento total em casa.
  10. Se for diagnosticado da doença, cumpra integralmente todo o período de isolamento, mesmo quando os sintomas melhorarem.

Não espere pela vacina para o controle da doença. Mesmo quando ela chegar, não garantirá a imunização de 100% da população. Só o seu comportamento responsável é capaz de controlar o avanço acelerado da COVID-19.

E esta não é a “segunda onda” da doença no Brasil, como está acontecendo nos países da Europa. Esse é o tsunami que se formou da primeira onda e muita gente preferiu estar na praia.

Se você já passou pela doença ou conhece alguém próximo que já foi contaminado ou que, infelizmente, chegou a falecer nos ajude a conscientizar as pessoas para que cada um assuma a sua responsabilidade e o seu protagonismo no combate à COVID-19.

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