Dia Mundial da Saúde Mental

Neste sábado, 10, é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental. A data foi criada em 1992, pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). Em tempos de pandemia, nunca se falou tanto sobre este tema.
Mas afinal o que é saúde mental? Segundo a psicóloga Amanda Fitas, é conseguir se sentir bem com você, com sua mente e com as pessoas. A profissional afirma que manter a mente saudável, te protege de transtornos quando o mundo à sua começa a ir mal.
“Com a saúde mental, você consegue enxergar as coisas que acontecem na vida de uma forma muito mais leve. Além da sua saúde física, sua mente estar bem faz toda diferença para que você não entre em qualquer tipo de transtorno, colapso com aquilo que acontece no mundo externo como uma pandemia, por exemplo”, pontua a profissional.
Fitas evidencia que é possível manter a saúde da mente mesmo em momentos tão desafiadores como que estamos vivendo atualmente:
“As pessoas que são saudáveis mentalmente não foram totalmente afetadas pela pandemia por conseguirem canalizar seu olhar para uma maneira muito mais sábia de enxergar, além de saberem ter a habilidade de lidar com suas emoções. Elas conseguem ter uma qualidade de vida muito superior por conseguir controlar os pensamentos positivos e negativos e de suas atitudes, sem que as coisas sejam uma consequência do que acontece com ela. A saúde mental te dá mais clareza e autopercepção”, pondera a psicóloga, que resume o que podemos fazer para manter a saúde mental:
“É preciso ter interesse em se conhecer mais e se explorar mais. Entender o que você sente e como isso é enxergado por você faz com que saiba como cuidar disso. Além disso, existem todos os outros cuidados que uma pessoa pode ter como não entrar em situações estressantes, em que ela não tenha controle. Se alguém tenta mudar algo que é incontrolável, ela se coloca em uma posição de mais estresse, em um lugar que não vai ajudar em nada, disse.”
Além disso, a psicóloga também pontua que às vezes vivemos – mesmo que inconscientemente – repetindo padrões de ações e sentimentos e por já estarmos acostumados com isso, não vamos prestar tanta atenção. “Acaba sendo mais um refém das circunstâncias, dos eventos externos, como de uma pandemia”, reforça ela.
Amanda acredita que o preconceito em procurar ajuda para cuidar da mente está diminuindo graças ao acesso mais fácil de informações. E que não há como fazer uma separação entre a saúde mental e a física, deixando os problemas psíquicos para segundo plano.
“Eu vejo um movimento muito grande, principalmente, dessa nova geração. Diferentemente dos nossos pais e dos nossos avós, que nem tinham tanto conhecimento, era bem menos do que é hoje. Eu acredito que as redes sociais também conseguem proporcionar essa consciência do trabalho de um psicólogo e de um psiquiatra. Com isso, algumas crenças vão sendo quebradas. Com todo esse movimento atual, a nossa geração tende a se preocupar mais com isso, que entende o que é isso, o que é saúde mental. A gente não pode deixar de cuidar na nossa mente. Se você quebrar ou luxar a sua forma, você vai procurar um médico e isso acontece com os transtornos, é a mesma coisa. Não tem por que manter esse preconceito. Tenho certeza que ao passar dos anos, essa geração mais consciente vai se dar conta cada vez. Tomara, assim que eu espero, que as pessoas consigam se olhar e, com isso, ter uma qualidade de vida muito melhor”, finaliza.

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