Diabetes? Veja como escolher o melhor adoçante

Utilizado para substituição do açúcar, os adoçantes apresentam muitas diferenças entre si – o que, por vezes, torna escolha difícil por parte do consumidor. Para ajudá-los a fazer as melhores opções, em face de suas preferências e condições de saúde, a Sociedade Brasileira de Diabetes explica as variações do produto e quais características deve-se observar no momento da compra.

Os edulcorantes, comumente chamados de adoçantes, podem ser divididos em nutritivos ou calóricos, caso dos “polióis”, como os xilitol e o eritritol, que oferecem calorias ao serem ingeridos.

Os adoçantes também podem ser não nutritivos ou não calóricos, quando fornecem quantidades insignificantes de calorias, na medida necessária para tornar o sabor doce. É o caso do aspartame, sacarina, ciclamato, sucralose, aspartame, acessulfame de potássio, estévia, neotame e taumatina, entre outros, tipos que podem ser artificiais ou naturais.

Os edulcorantes são pelo menos de 30 vezes mais doces em comparação ao açúcar de mesa, mas o poder adoçante varia bastante. Alguns adoçantes artificiais não nutritivos ou não calóricos, por exemplo, têm um poder adoçante cerca de 200 vezes maior que o açúcar. Vale lembrar que alguns produtos adoçantes vendidos no mercado são combinações de diferentes tipos de edulcorantes, podendo alterar esse potencial de adoçar as preparações.

Mas, afinal, existe algum tipo mais indicado para os pacientes com diabetes?

A Dra. Daniela Lopes Gomes, membro do departamento de nutrição da SBD, comenta que a escolha depende da rotina e contexto alimentar da pessoa, além disso, as quantidades devem ser respeitadas de acordo com o peso corporal.

“No caso de pessoas com diabetes, que precisam perder peso, o uso dos adoçantes não calóricos pode ser uma estratégia interessante para ajudar no emagrecimento, mas quando a ingestão de calorias não é compensada”, comenta a especialista.

Daniela afirma ainda que “no caso de pessoas com diabetes tipo 1, o uso de polióis pode precisar ser coberto com insulina dependendo da quantidade utilizada. É importante fazer a monitorização da glicemia para identificar a necessidade de ajustes de acordo com a resposta individual”, completa.

Adoçantes x Açúcar

Os adoçantes não são essenciais ao tratamento do diabetes, mas podem ajudar no convívio social e dar maior liberdade para escolhas alimentares dentro do plano alimentar. É importante reduzir o consumo de sacarose (açúcar de mesa), mas não deve ser sinônimo de um aumento expressivo no uso de adoçantes artificiais.

A Dra. Daniela ressalta a importância de apreciar o sabor natural dos alimentos, “É muito importante adaptar o paladar ao sabor natural dos alimentos, preferindo alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, leite, ovos, carnes, etc, que devem ser prioridade para toda a população, não apenas para aqueles que tem diabetes”, finaliza.

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