Fake News: a destruição da informação na sociedade
O ato de mentir possui várias explicações científicas, que vão desde técnicas sutis de manipulação e trapaça que enganam o inimigo, até aquelas utilizadas para ganhar uma posição, manter o respeito e liderança diante de um grupo, iniciar e manter relacionamentos em vários âmbitos.
Mas ninguém escapa dela: A VERDADE. “Cedo ou tarde, doa a quem doer, ela aparece para restituir a ordem e fazer com que todos, sem exceção, possam responder nos tribunais da vida por ela. Não há necessidade de discorrer sobre as consequências destrutivas que certas mentiras ou notícias falsas podem provocar na vida de pessoas, instituições e empresas. Às vezes, os danos são irreparáveis, como o foi o famoso caso da Escola Base em 1994”, apresenta Sirley Machado Maciel, professora de oratória, palestrante, analista comportamental e presidente do INTREPEDS.
Nos últimos anos, com o advento e a popularização das redes sociais, a sociedade presenciou a uma verdadeira avalanche de notícias falsas e mentiras que podem ser classificadas como a “institucionalização da mentira”. Todos os dias, aparecem notícias falsas envolvendo políticos, celebridades, empresas e até pessoas comuns, com o único objetivo de atrair e manipular a atenção de uma parcela da população, esses são alvos fáceis das fake news.
A liberdade de expressão é um direito constitucional de manifestação de ideias e pensamentos, expresso no artigo 5º da Carta Magna. Porém, “Quando a sua liberdade de expressão não respeita a liberdade do outro, a sua dignidade, e propaga calúnias, mentiras e difamações, não é mais uma opinião, é crime. Pois, a minha liberdade termina, quando começa a do outo” expõe a analista.
As fakes news, hoje, representam exatamente o contrário: a incapacidade de a sociedade exercer a sua liberdade de pensamento e de expressão. Esse processo ocorre através do abuso de conhecimentos privilegiados, aliados ao poder político e econômico, de um pequeno grupo de pessoas que é capaz de, utilizando robôs, disseminar a cada dois segundos, informações falsas para até 50 mil pessoas ao mesmo tempo. Como todos recebem a mesma informação e compartilham e comentam sobre ela, passa-se a impressão de que, então, essa pode ser considerada verdade.
Como podemos nos proteger dessa situação? Confira:
1) Verifique a veracidade dos fatos e desconfie das manchetes e notícias sensacionalistas. Existe um traço comum entre as fake news: erros de escrita, às vezes, até grosseiros;
2) Existem vários sites de checagem de notícias falsas. Não aceite tudo como verdade. “Use de sua capacidade crítica e de seu bom senso” indica Sirley;
3) Desconfie de quem te conta uma informação, mas não sabe de onde vem. Tudo possui uma origem, uma fonte ou uma comprovação.;
4) Seja uma pessoa atualizada. Desenvolva a habilidade de analisar os fatos. Busque fontes variadas de informação e opinião. Tudo na vida tem dois ou mais lados;
5) Aja de forma empática, coloque-se no lugar do outro. Como seria para você estar envolvido numa situação de mentiras, calúnias e difamações?
Assim, “Poderemos enfrentar as fakes news com assertividade, dignidade e urbanidade. Vivendo em prol da verdade, liberdade e do bem comum” finaliza a professora Sirley.
INTREPEDS – Instituto de Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento do Ser