Perda de audição leva idoso ao isolamento, alerta fonoaudióloga
Perda de audição leva idoso ao isolamento, alerta fonoaudióloga
Em meio à Campanha Junho Violeta, Hospital Paulista alerta sobre problemas auditivos
A pandemia de Covid-19 obrigou milhões de brasileiros a praticarem o isolamento social, de modo a garantir que, em suas casas, todos estivessem mais seguros à ameaça do vírus. Há uma realidade envolvendo os idosos brasileiros, no entanto, que já os coloca em uma espécie de isolamento, mesmo em tempos “normais”.
É também sobre este tema que a fonoaudióloga Christiane Mara Nicodemo irá tratar em sua palestra “Memória e Audição”, que estará disponível em 23 de junho durante a Semana Junho Violeta do Hospital Paulista.
Com vídeos curtos, que serão disponibilizados nas redes sociais do Hospital, a especialista pretende ressaltar que os problemas auditivos levam o idoso a uma espécie de quarentena, alheio à convivência com familiares e amigos.
“A falta de audição promove o isolamento social. O idoso deixa de participar, deixa de ouvir, de entender o que seu interlocutor fala, o que causa constrangimento em alguns casos. Há também o fator psicológico envolvido, causando baixa autoestima. A perda da audição pode estar relacionada à depressão e à ansiedade nos idosos”, avalia a fonoaudióloga.
De acordo com a especialista, um problema leva ao outro. Quando o idoso passa a enfrentar dificuldades auditivas e não realiza o tratamento adequado, a tendência é auto isolar-se, ainda que esteja na companhia de familiares. Com quadros de depressão e ansiedade, o paciente apresenta dificuldades para dormir e realizar atividades do dia a dia, prejudicando sua musculatura como um todo.
“O que você não usa, perde sua função. Todo estímulo é importante, inclusive o do som. Esses estímulos fortalecem o cérebro, o equilíbrio e a musculatura como um todo, tornando a pessoa autossuficiente. Quanto mais autonomia você tem de si, sobre seu corpo, mais seguro você se torna. Isso gera auto estima, segurança e bem estar ao ser humano”, completa.
Ciente da multidisciplinariedade dos cuidados, Christiane destaca que o evento pretende abordar uma série de iniciativas que visam contribuir para a saúde física, mental e emocional dos pacientes na terceira idade. A iniciativa faz parte da Campanha Junho Violeta, que tem como objetivo combater a violência e fomentar a dignidade e o respeito para com a pessoa idosa.
Sinais diários
Para que a pessoa idosa receba o tratamento adequado, é preciso que familiares e cuidadores estejam atentos aos sinais da perda de audição. De acordo com a fonoaudióloga do Hospital Paulista, um dos primeiros fatores a serem observados no dia a dia é o volume da televisão utilizada pelo idoso.
“O volume vai aumentando gradativamente. Se você está ao lado do idoso e sente incômodo com o volume alto da televisão, é preciso observar e procurar ajuda. Além disso, há situações em que você fala e a pessoa não responde ou responde outra coisa, pois sente vergonha de dizer que não ouviu”, explica.
Se essas condições são observadas no cotidiano, é preciso que o idoso busque (ou seja auxiliado por) um otorrinolaringologista, que irá solicitar alguns exames para determinar se há, de fato, perda de audição. Se houver, exames são realizados para determinar o tipo adequado de prótese auditiva.
A seleção e adaptação do uso de prótese auditiva precisa de acompanhamento fonoaudiológico e requer disposição da pessoa que irá usar o dispositivo eletrônico bem como apoio da família. O uso promove a reintegração do idoso ao núcleo familiar e à comunidade, melhorando desta forma a sua qualidade de vida.
Serão 5 palestras entre os dias 23 e 27 de junho e cada uma delas terá vídeos de até três minutos, que serão disponibilizados nas redes sociais do Hospital Paulista, bem como conteúdos teóricos de apoio. Confira a programação abaixo:
Semana Junho Violeta no Hospital Paulista
23/06 (terça-feira)
Tema: Memória e Audição
Palestrante: Christiane Mara Nicodemo
Fonoaudióloga, mestre pela PUCSP, pós-graduada em Cuidados Integrativos pelo Hospital Sírio-Libanês e coordenadora do Setor de Próteses Auditivas do Hospital Paulista.
24/06 (quarta-feira)
Tema: Saúde auditiva do idoso
Palestrante: Sabrina Figueiredo
Fonoaudióloga do Hospital Paulista, mestre pela PUC/SP e especialista em Audiologia,
Implante Coclear e Reabilitação Auditiva.
25/06 (quinta-feira)
Tema: Processo de perda de massa muscular e o controle de queda no envelhecimento
Palestrante: Salete Conde
Fisioterapeuta, mestre pela UNIFESP, pós-graduada em Doenças Neuromuscular/ Neuroclínica e Cuidados Integrativos e coordenadora do Ambulatório de Esporte Adaptado Neuromuscular e Medicina Esportiva UNIFESP.
26/06 (sexta-feira)
Tema: Benefícios da prática de respiração e concentração no controle da ansiedade e da depressão
Palestrante: Daniel Calmanowitz
Engenheiro Eletrônico pela Poli USP, terapeuta corporal e diretor presidente da Fundação Lama Gangchen para Cultura de Paz.
27/06 (sábado)
Tema: Reiki e sua aplicabilidade em hospitais
Palestrante: Veruska El Khouri Gaspar
Terapeuta Reikiana, pós-graduanda em Medicina do Estilo de Vida Hospital Albert Einstein.
Acesse o conteúdo, a partir do dia 23, nos canais do Hospital Paulista:
- Facebook: https://www.facebook.com/hospitalpaulista/
- Instagram: https://www.instagram.com/hospitalpaulista/
- YouTube: https://bit.ly/3cY7flq
Vale ressaltar ainda que os e-mails dos palestrantes serão disponibilizados para aqueles que tiverem dúvidas a respeito dos conteúdos ministrados.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.