Dia Nacional do Combate à Asma: portadores da doença são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus

Dia Nacional do Combate à Asma: portadores da doença são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus

A doença pode levar à morte e precisa de acompanhamento regular para controle

A asma é uma doença crônica em que ocorre inflamação das vias aéreas, que conduzem o ar para os pulmões. A doença é considerada crônica e atinge quase 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos sofrem com o problema, e somando com crianças e adolescentes as estatísticas aumentam para 20 milhões.

No Dia Nacional do Combate à Asma, celebrado em 21 de junho, é necessário lembrar os cuidados para quem vive com a doença, da atenção aos fatores que podem desencadear uma crise asmática, além de alertar sobre as possíveis complicações durante a pandemia, como explica o pneumologista do Hospital Anchieta, Dr. Daniel Boczar.

Existem diferentes níveis de gravidades de asma?

A asma pode ser classificada de acordo com alguns parâmetros como o controle das limitações clínicas (sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite), necessidade de medicação inalada para alívio dos sintomas, na ausência de limitação das atividades físicas e pela perda acelerada da função pulmonar à espirometria.

A asma está associada a outras doenças respiratórias?

Existem doenças respiratórias que podem levar a dificuldades no controle da doença como: disfunção de cordas vocais, rinossinusite crônica, polipose nasal, apneia do sono e bronquiectasias. Além disso, doenças alérgicas como rinites e dermatites atópicas são frequentemente encontradas nos asmáticos.

Quais os sintomas mais frequentes da asma?

Os principais sintomas da asma são episódios recorrentes de falta de ar, chiado no peito, tosse (mais comum à noite ou ao acordar) e sensação de desconforto torácico.

Quais os fatores de risco da asma?

A ocorrência da asma é um resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e biológicos que provocam e mantêm a inflamação brônquica. Sendo assim, os sintomas geralmente se iniciam após exposição a fatores precipitantes ou agravantes como: infecções respiratórias (resfriados, gripes, sinusites, pneumonias), exposição à alérgenos ambientais ou ocupacionais (polens, fungos, ácaros, pelos de animais, fibras de tecidos etc.), exposição a irritantes (fumo, poluição do ar), medicamentos (aspirina, anti-inflamatórios não hormonais, beta-bloqueadores), alterações climáticas e até mesmo a exercícios.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da asma é eminentemente clínico, baseado da história clínica e sintomatologia compatível. Entretanto, alguns exames complementares auxiliam na classificação e na quantificação da gravidade, dentre eles destacam-se inicialmente a espirometria, exames de imagem (raios-X de tórax e/ou tomografia computadorizada de tórax) e exames bioquímicos.

Como funciona o tratamento?

O tratamento da asma envolve o controle do ambiente em que o indivíduo vive além do uso de medicamentos. Existe uma nítida piora com a exposição a uma série de fatores como o tabaco, poeiras domiciliares (ácaros e fungos), infecções, ar frio, exposição ocupacional e alguns medicamentos. O controle destes fatores associado a medidas educacionais são medidas importantes no tratamento. O tratamento medicamentoso é baseado nos dispositivos inalados, as bombinhas. Existem os medicamentos que controlam a doença e medicamentos que aliviam os sintomas da doença utilizados nas crises. É importante que o médico e o paciente saibam reconhecer que os medicamentos e utilizá-los da forma correta.

Como prevenir?

A asma, devido ao fator genético, é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento eficaz que permite a pessoa viver normalmente. Além disso, alguns cuidados ajudam a prevenir e controlar as crises:

– Manter o ambiente limpo, bem ventilado e úmido.

– Lavar as roupas e agasalhos guardados por muito tempo

– Manter poucos objetos de decoração, sem cortinas e tapetes pois acumulam poeira

– Evitar contato com animais como gato e cachorro

– Agasalhar-se de forma adequada para evitar mudanças bruscas de temperatura

– Atentar-se para o uso correto das medicações e dispositivos

– Conhecer bem a doença para saber o momento certo de procurar a emergência

– Evitar exposição à fumaça do cigarro e à poluição

– Vacinação contra o vírus da gripe

– Acompanhamento médico regular, pois a asma é uma doença que não tem cura

É possível relacionar a asma com a Covid-19? Como diferenciar os sintomas das duas doenças?

Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que ocasiona a obstrução da passagem do ar aos brônquios, dificultando o controle da respiração. Como característica de uma doença crônica, a asma pode persistir por um longo período. Os sintomas se iniciam logo na infância, embora a ocorrência tardia tenha sido frequente.

A infecção respiratória por COVID-19 trata-se de uma doença aguda, de início súbito de sintomas relacionados a uma síndrome gripal como febre, dor de garganta, tosse, coriza e que, de acordo com a gravidade, acomete os pulmões levando a falta de ar e queda da oxigenação.

As pessoas portadoras de asma estão incluídas no grupo de risco para complicações causadas pela infecção por coronavírus, podendo apresentar crises graves.

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