Cinco mitos e verdades sobre o câncer de mama

Com diagnóstico precoce, chances de cura sejam chegam a 95%

Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), revelam que o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, perdendo somente para o de pele, e o mais comum entre as mulheres. Para 2019, foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres.

De acordo com *Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis, um sinal do câncer de mama é o surgimento do nódulo na mama, o qual será palpável, geralmente, se maior que 1 cm. “O câncer de mama é definido como o crescimento de células malignas a partir do tecido mamário. Por isso, é importante que a mulher fique atenta também a outros sinais como o inchaço, alterações na coloração, tamanho, formato, textura da pele das mamas e secreções que saem dos mamilos”.

Apesar de ser um tema bem relevante, muitas dúvidas ainda surgem. Abaixo, o especialista separou cinco mitos e verdades sobre o câncer de mama. Confira:

O único fator de risco para o câncer de mama é a genética

MITO. De fato o câncer de mama pode apresentar um componente genético, sendo assim, mulheres com histórico familiar são mais suscetíveis a desenvolvê-lo. “Porém, ainda que não existam casos na família, a pessoa pode adquirir a doença, sobretudo, por fatores de risco como obesidade, fumo, ingestão regular de álcool, primeira menstruação em uma idade precoce, menopausa após os 50 anos, primeira gravidez após os 30 anos e ausência de gravidez, por exemplos” alerta Renato.

A detecção precoce do câncer de mama aumenta as chances de cura

VERDADE.   Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 2 centímetros (estágio inicial) e, dependendo do tipo do câncer, as chances de cura chegam a 95%. Portanto, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de cura.

O câncer de mama é mais comum a partir dos 50 anos

VERDADE. A medida que a idade avança, torna-se maior o risco de desenvolver a doença. No entanto, o especialista alerta que mulheres com histórico familiar, independentemente da idade, são mais suscetíveis a desenvolvê-lo. “Mulheres a partir dos 40 anos podem fazer mamografia uma vez ao ano. Porém, o Ministério da Saúde recomenda, de um modo geral, que esta prática se inicie a partir dos 50 anos. Caso tenham algum parente próximo com câncer de mama, exista algum nódulo ou suspeita de doença, o início da investigação deve ser antecipado”.

Gestantes podem realizar a mamografia

MITO. No período da gestação, a mamografia deve ser evitada em mulheres que não apresentam qualquer sintoma nas mamas. No entanto, em casos de suspeita do surgimento da doença na gestação, o exame indicado é a ultrassonografia devido à maior segurança e ao conforto para a paciente.

O autoexame não substitui os exames regulares

VERDADE. Apesar de não substituir os exames regulares, o autoexame ajuda a mulher na detecção de alterações nas mamas. “O autoexame pode ser realizado uma vez ao mês, na semana seguinte ao término da menstruação. A mulher deve se posicionar em frente ao espelho, com uma mão atrás da nuca, usando a outra para palpar a mama suavemente com os dedos. Enquanto isso, ela deve observar se há alguma alteração visível, como por exemplo, alteração na pele ou no formato da mama. Para as pacientes que não menstruam, recomenda-se o autoexame sempre no mesmo dia de cada mês”, finaliza.

*Renato de Oliveira – Formado em Medicina no ano de 2007 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Residência em Ginecologia e Obstetrícia entre 2009 e 2012 no Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher (CAISM) na UNICAMP. Especialização médica em Reprodução humana na Faculdade de Medicina do ABC, entre 2012 a 2014. Ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis. Membro da equipe de infertilidade do Instituto Ideia Fértil. Participou de diversas publicações sobre endometriose, infertilidade e carcinoma no colo do útero.  

 

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