Falta de minerais no organismo pode causar aparecimento de doenças imunológicas
Médico em São Paulo (SP) utiliza o Oligoscan para realizar o mineralograma, exame que mede a quantidade de minerais que o paciente possui
Doenças imunológicas podem estar relacionadas a problemas na quantidade de minerais no corpo. Para evitar que isso aconteça, existe um exame chamado mineralograma que faz a medição deste tipo de substância no paciente. Uma das formas de se fazer esta avaliação é através de um aparelho portátil chamado Oligoscan, método desenvolvido na Espanha e que foi adotado pelo médico pós-graduado em nutrologia de São Paulo (SP), Edvaldo Guimarães Júnior, membro da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (Sobraf).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 12 minerais essenciais para a saúde: cálcio, potássio, ferro, magnésio, selênio, enxofre, cromo, cobre, vanádio, boro, iodo e zinco. É necessário que haja um equilíbrio destas substâncias no organismo, sob o risco de doenças imunológicas e relacionadas a falta de vitaminas se desenvolverem, e o mineralograma permite esta medição, podendo ser feito de forma sanguínea, capilar ou com o Oligoscan.
O Oligoscan, na opinião do doutor Edvaldo é o método mais eficiente. Ele permite saber a quantidade exata de cada mineral que há no organismo do indivíduo quase instantaneamente. Já na versão sanguínea, o exame detecta quais minerais estão no organismo do paciente nos últimos 60 dias, enquanto a capilar exige a realização de um pré-tratamento para retirar contaminações externas, e também identifica quais substâncias estão no corpo da pessoa por um período inferior a uma semana.
“A diferença básica entre os exames é que o capilar, por exemplo, é uma contagem das últimas semanas e de como estavam os minerais no corpo. Já o mineralograma com o Oligoscan revela uma dosagem real de como está o nível desses minerais”, diz o médico. O aparelho mapeia pontos da mão do paciente, e gera a leitura imediata das substâncias que estão no organismo.
“O equipamento faz a leitura desses minerais no corpo. Fazemos a medição no próprio consultório e os resultados são enviados via internet para um sistema na Espanha, que devolve a informação por meio de um programa para nosso consultório. Assim, já temos um laudo em pouco tempo mostrando como está o mineralograma do paciente”, explica o profissional da saúde.
Por ser uma forma recente de se fazer o mineralograma (pouco mais de um ano no Brasil), o Oligoscan ainda não é tão difundido em clínicas do País. O doutor Edvaldo, porém, ressalta que o aparelho tem se tornado cada vez mais conhecido, e recebe aprovação dos pacientes graças a rapidez com que o resultado é obtido, o que agiliza a definição sobre qual tratamento ser feito.
“O exame vem ganhando cada vez mais o apelo popular, isso porque os pacientes observam o resultado, e, através do ‘boca a boca’, vão passando a ideia”, diz o médico, que prevê um aumento da utilização do Oligoscan para a realização do mineralograma em breve.
Via de regra, o exame precisa ser feito a cada seis meses, mas, dependendo da necessidade do paciente, o mineralograma deve ser feito uma vez a cada quatro meses ou um ano. O exame tem custo entre 800 e 1.300 reais, e é realizado em clínicas e laboratórios especializados, sendo vital para que o tratamento, caso o resultado da avaliação assim indique, seja feito de forma correta.