12 fatos sobre o silicone que podem ajudar na sua decisão
De acordo com o último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, houve um aumento de quase 20% no número de cirurgias para aumento das mamas, em comparação ao ano anterior. E mesmo que o implante de silicone tenha se tornado uma prática cada vez maior e mais natural entre as mulheres, ainda há dúvidas e mitos acerca da cirurgia, fazendo com que a decisão de aumentar as mamas seja um receio, muitas vezes, desnecessário.
Para tirar algumas das principais dúvidas, o Dr. Luís Felipe Maatz, cirurgião plástico, com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-SP e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP); cita 12 fatos sobre o implante de silicone:
1 – A prótese pode camuflar diagnósticos de exames de imagem, como mamografia ou ultrassom?
A presença de próteses mamárias não interfere na realização dos exames para detecção de doenças mamárias. Pode-se fazer normalmente a mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.
2 – Pode haver rejeição por parte do meu corpo? Se acontecer, qual o procedimento?
Na verdade, não existe “rejeição” de qualquer prótese pelo corpo humano. O que pode ocorrer é um processo infeccioso ou inflamatório ao redor da prótese. Em alguns casos, pode ser necessária a retirada temporariamente. Após o tratamento adequado e finalizado do processo infeccioso ou inflamatório, é possível rever a nova implantação do silicone.
3 – Sou muito nova – ou – estou muito velha para colocar silicone?
A idade mínima para a colocação de próteses é definida individualmente: as mamas devem ter completado totalmente sua formação e crescimento, o que se dá por volta dos 16 anos. Não há idade máxima para se colocar ou trocar a prótese de silicone, desde que as condições de saúde da paciente permitam uma cirurgia segura.
4 – Como saber o tamanho ideal para meu biotipo?
A definição do tamanho ideal para cada paciente leva em conta diversos fatores: desejo da paciente, volume, medidas e forma inicial das mamas, medidas de altura e largura da caixa torácica, entre outros. Somente após uma consulta com um cirurgião plástico é que podemos definir o volume que deverá ser utilizado na cirurgia.
5 – E se eu achar que coloquei pouco ou muito?
Sempre há a possibilidade de se trocar as próteses, o que necessitará de novo de um procedimento cirúrgico.
6 – Hoje, há uma série de tipos de prótese. Como saber qual a mais segura?
Assim como na escolha do tamanho, vários fatores influenciam nessa escolha. Na consulta com o cirurgião plástico, há a exposição dos diversos tipos de próteses e definição da mais adequada para cada paciente.
7 – Há perigo de estourar ou vazar?
Há, sim, o risco de rompimento da prótese. Estudos atuais indicam taxas variáveis entre 1 e 5% ao longo de 10 anos. O fenômeno de vazamento (bleeding) tem diminuído muito ao longo dos anos. Atualmente, é mais raro, devido à melhoria constante da qualidade das próteses, que possuem hoje um gel de preenchimento e camadas de revestimento mais resistentes.
8 – Vou ter a mesma sensibilidade nos seios com a prótese?
Pode haver diminuição da sensibilidade das mamas, geralmente parciais e reversíveis. Alguns estudos apontam que a maioria das pacientes que permaneceram com alteração da sensibilidade fariam a cirurgia novamente. Isso indica que a melhoria da autoestima supera eventual alteração da sensibilidade.
9 – Posso amamentar normalmente? O silicone pode interferir na produção do leite?
Se a prótese for colocada via inframamária (incisão embaixo das mamas) ou pela via axilar, não há cortes na glândula nem nos ductos mamários. Assim, não há prejuízo na amamentação.
10 – Preciso trocar a prótese depois de um determinado tempo?
As próteses atuais não possuem “prazo de validade”. Só há necessidade de troca em caso de alguma complicação, como ruptura.
11 – Caso a paciente opte por um tamanho maior que o ideal para seu biótipo, há algum risco? Quais?
Sim. Há maior possibilidade de desenvolvimento de estrias e sinmastia (quando as mamas se unem na região central do tórax).
12 – Como é a recuperação?
O período de recuperação da cirurgia de próteses mamárias é relativamente curto. Durante a primeira semana, há necessidade maior de repouso. Havendo uma boa evolução, eventos sociais, como um jantar, encontro de amigos ou um passeio curto, já estarão liberados. Em cerca de três semanas, a paciente já retomou grande parte de suas atividades habituais, incluindo exercícios físicos moderados.
“Vale lembrar que o ideal é sempre procurar um especialista que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, alerta o Dr. Luís Felipe Maatz.