Florescimento humano e pertencimento: a cidade como organismo vivo e coletivo

Reflexões sobre Goiânia, vínculos simbólicos e bem-estar coletivo na visão sistêmica de Dagmar Ramos

Com base em dados da assessoria de imprensa, a médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos, presidente do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS), apresentou uma reflexão profunda sobre o florescimento humano e o pertencimento sistêmico durante o fórum “Deixa eu dizer que te amo, Goiânia, deixa eu gostar de você”. O evento, realizado no CineX do Centro Cultural Oscar Niemeyer, celebrou os 92 anos da capital goiana e reuniu especialistas para discutir a cidade como organismo vivo e campo de consciência coletiva.

Dagmar conduziu a palestra “O Florescimento Humano, a Constelação e a Cidade”, fundamentando sua análise nos primeiros resultados do Global Flourishing Study, um estudo internacional que investiga o que caracteriza uma vida plena e satisfatória. O estudo, com mais de 202 mil participantes em 22 países, avalia sete domínios essenciais para o bem-estar: felicidade, saúde física e mental, sentido e propósito, caráter, relações sociais, estabilidade financeira e espiritualidade.

A médica destacou que fatores não materiais, como espiritualidade, vínculos afetivos e clareza de propósito, são centrais para o florescimento humano, enquanto saúde física e mental, embora importantes, não são suficientes isoladamente. Curiosamente, países com maior desenvolvimento econômico não lideram o índice de florescimento, sendo a Indonésia apontada como a nação mais florescente na primeira fase da pesquisa. O Brasil, por sua vez, lidera em otimismo, um ativo emocional relevante para a saúde coletiva.

Além disso, Dagmar apresentou os resultados simbólicos da Constelação Sistêmica Organizacional sobre Goiânia, realizada em março de 2024. A constelação revelou dinâmicas ocultas que afetam o pertencimento e o bem-estar da cidade, mostrando inicialmente uma ausência de integração entre seus elementos estruturantes, como população, governantes, empreendedores e povos originários. A exclusão histórica dos índios Goyazes e o distanciamento dos empreendedores do bem-estar coletivo foram destacados como desafios.

Ao reconhecer as figuras fundadoras e incluir os povos originários na narrativa, o campo sistêmico se reorganizou, formando uma mandala simbólica de integração. Dagmar ressaltou que “somente quando os povos originários foram honrados, a população foi vista e os empreendedores voltaram o olhar à coletividade, o campo permitiu a presença do bem-estar”. Essa abordagem sistêmica, inspirada em Bert Hellinger, oferece uma ferramenta para o planejamento urbano e políticas públicas baseadas em pertencimento e reparação simbólica.

Na conclusão, a palestrante propôs que a cidade é mais que um espaço físico ou administrativo: é um organismo vivo e um campo simbólico onde ética, beleza e espiritualidade se entrelaçam. Citando o escritor Valter Hugo Mãe, reforçou que “os outros somos nós mesmos”, destacando a cidade como um território de afeto, memória e transformação mútua. Assim, o florescimento coletivo amplia o florescimento individual, e o desenvolvimento urbano deve priorizar vínculos, memórias e pertencimento para sustentar uma vida plena e integrada.

O fórum também contou com participações de especialistas em urbanismo, inteligência artificial, literatura e arte, além de homenagens a personalidades que contribuem para a cultura e inclusão em Goiás, reforçando o papel da cidade como espaço de integração humana e social.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 59 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar