Câncer de mama em mulheres jovens: desafios do diagnóstico precoce e tratamento

Entenda por que o câncer de mama é mais agressivo e difícil de detectar em mulheres jovens e como o diagnóstico pode salvar vidas

O diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres jovens é um dos maiores desafios enfrentados no Brasil atualmente. Dados da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) destacam que, apesar dos avanços na medicina, identificar esse tumor em pacientes mais jovens ainda é complexo e pode impactar diretamente no prognóstico da doença.

A Dra. Ruana Moura Rocha Costa, médica patologista especialista em Patologia Mamária e membro da SBP, explica que “quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura, inclusive para pacientes com doença avançada, mas em mulheres jovens, esse diagnóstico quase sempre é mais difícil pela maior demora em iniciar o rastreio”. Além disso, o câncer de mama nessa faixa etária tende a ser mais agressivo. “Mesmo quando o tumor é do mesmo tipo que o encontrado em mulheres mais velhas, o prognóstico costuma ser pior devido à idade”, complementa a especialista.

A Dra. Maira Caleffi, médica mastologista e presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), reforça que “esses tumores crescem mais rapidamente e, muitas vezes, aparecem de forma menos evidente em exames de imagem, o que torna o diagnóstico precoce mais complexo.” Essa dificuldade exige atenção redobrada dos profissionais de saúde e das pacientes para que o rastreamento seja realizado de forma adequada.

O papel do patologista é fundamental nesse processo. Conforme detalhado pela Dra. Ruana, o patologista realiza exames como biópsia e imuno-histoquímica, que fornecem informações detalhadas sobre o tipo e o perfil do tumor. “Esse diagnóstico preciso é essencial para orientar mastologistas e oncologistas na escolha do tratamento mais adequado, que pode envolver combinações de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, estratégias que exigem ainda mais cuidado quando o câncer acomete mulheres jovens.”

Além do diagnóstico, fatores de risco também são importantes para a prevenção. Segundo a Dra. Maira, hábitos de vida como obesidade, sedentarismo e consumo de álcool são modificáveis e contribuem para o desenvolvimento da doença, enquanto a predisposição genética representa cerca de 10% dos casos. “Quando há casos na família de câncer de pâncreas, próstata, cólon ou ovário, é importante que a paciente leve essas informações ao ginecologista ou mastologista, para avaliação da necessidade de testagem genética”, orienta a Dra. Ruana.

O episódio de outubro de O Patologista em Podcast, produzido pela SBP, destaca ainda a importância do rastreamento precoce, com mamografias a partir dos 40 anos e autoexame a partir dos 35 anos, conforme recomendação de sociedades médicas como a FEMAMA. “A informação e a conscientização salvam vidas”, afirma a Dra. Maira, ressaltando que programas governamentais de busca ativa são essenciais para alcançar mulheres que enfrentam dificuldades de acesso.

Por fim, as especialistas reforçam que os avanços na Medicina de precisão e a atuação multidisciplinar entre patologistas, mastologistas e oncologistas aumentam as chances de sobrevida e melhoram a qualidade de vida das pacientes. “O patologista é protagonista nesta jornada. O diagnóstico de qualidade permite o sequenciamento correto do tratamento, o que aumenta as chances de sobrevida e melhora a qualidade de vida das pacientes. Então, a cada diagnóstico preciso, renova-se a esperança de cura.”, conclui a Dra. Ruana.

Para saber mais sobre o tema, o episódio completo de O Patologista em Podcast está disponível para acesso público, trazendo informações valiosas para a prevenção e o combate ao câncer de mama.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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