Dermatologistas destacam avanços no tratamento da Psoríase e Hidradenite Supurativa

Encontro nacional discute terapias inovadoras e a importância do diagnóstico precoce para doenças imunomediadas da pele

No último fim de semana, mais de quinhentos dermatologistas de todo o Brasil se reuniram em São Paulo para o 3º Imuno&Derma, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com foco nas doenças imunomediadas da pele. A programação, realizada nos dias 17 e 18 de outubro, coincidiu com a celebração do Dia do Médico e trouxe discussões relevantes sobre avanços no tratamento da Psoríase e da Hidradenite Supurativa.

A Psoríase foi um dos temas centrais do encontro. O dermatologista Dr. André Esteves explicou que essa condição vai muito além da pele, sendo uma doença imunomediada e crônica que pode afetar outros órgãos além das lesões cutâneas. “É uma doença imunomediada, causada por um desbalanço do sistema imune que reage mais do que o necessário a estímulos externos ou até a estruturas da própria pele. Ela tem base genética e é uma doença crônica e sistêmica”, detalhou. As áreas mais acometidas são joelhos, cotovelos, couro cabeludo e unhas, e a gravidade varia conforme a extensão e o impacto na qualidade de vida do paciente.

Para casos leves, tratamentos tópicos costumam ser eficazes. Já em situações mais graves, com maior extensão ou presença de artrite psoriásica, são indicadas terapias sistêmicas, como imunobiológicos, metotrexato ou fototerapia. Atualmente, existem 12 imunobiológicos aprovados para Psoríase no Brasil, além de novas medicações orais em estudo. Embora ainda não exista cura definitiva, o tratamento precoce com imunobiológicos pode normalizar a resposta imune e levar alguns pacientes à remissão prolongada. “Já se discute, inclusive, terapias gênicas que atuam diretamente no genoma do paciente”, acrescentou o especialista.

A SBD tem atuado de forma ativa junto aos órgãos reguladores para ampliar o acesso a essas terapias, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos privados, buscando garantir equidade no tratamento das doenças imunomediadas da pele. O presidente da entidade, Dr. Carlos Barcaui, destacou a importância da conscientização: “Um em cada quatro brasileiros não sabe que o dermatologista é o especialista médico da pele, cabelos e unhas; e apenas 12% foram ao dermatologista no último ano. Precisamos ampliar esse acesso, principalmente no SUS.”

Outro destaque do evento foi a Hidradenite Supurativa, uma doença inflamatória crônica que causa nódulos dolorosos, abscessos e túneis sob a pele, afetando principalmente axilas e virilha. A dermatologista Dra. Renata Magalhães alertou para o grande atraso no diagnóstico, que pode levar até 12 anos, fazendo com que muitos pacientes cheguem ao especialista com lesões graves e sequelas. O tratamento envolve antibióticos de longo prazo, imunossupressores e imunobiológicos, com dois medicamentos biológicos já aprovados no Brasil e novas moléculas promissoras em estudo. Em casos mais avançados, pode ser necessária a remoção cirúrgica das lesões crônicas.

Além dos medicamentos, a especialista ressaltou a importância de medidas complementares, como controle de peso, manejo da dor e cessação do tabagismo, para melhorar a resposta ao tratamento e reduzir a recorrência das crises.

Para quem deseja saber mais sobre essas e outras condições dermatológicas, além de cuidados com a saúde da pele, cabelos e unhas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia disponibiliza informações em suas redes sociais e site, incentivando a busca por especialistas associados para um cuidado integral da saúde dermatológica.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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