Novas diretrizes brasileiras transformam o controle do colesterol e prevenção cardiovascular
Descubra como a lipoproteína(a), o “colesterol amaldiçoado”, está mudando o diagnóstico e tratamento no Brasil
As novas diretrizes brasileiras para o controle do colesterol trazem uma revolução importante na prevenção de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no país. Com base em dados da assessoria de imprensa do Hospital Moinhos de Vento e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a atualização apresentada no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia destaca um fator de risco pouco conhecido, mas extremamente relevante: a lipoproteína(a), apelidada pelos especialistas de “colesterol amaldiçoado”.
Essa lipoproteína é uma variante genética do colesterol que afeta cerca de 18% da população brasileira, ou seja, mais de 38 milhões de pessoas. Segundo o cardiologista André Zimerman, “a lipoproteína(a) é como uma prima do LDL, mas com um potencial devastador maior. Uma a cada 5 pessoas tem níveis elevados, e isso não é detectado em exames convencionais. É um fator de risco herdado geneticamente que pode explicar por que algumas pessoas infartam precocemente, mesmo sem outros fatores de risco aparentes”. A boa notícia é que a detecção é simples: um exame de sangue feito uma única vez na vida já é suficiente para identificar esse risco.
Além da inclusão da lipoproteína(a) na avaliação cardiovascular, as novas diretrizes também estabeleceram metas mais rigorosas para o colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”. Para pessoas com baixo risco cardiovascular, o limite passou de 130 mg/dl para 115 mg/dl, enquanto foi criada uma categoria de “risco extremo”, com meta de LDL abaixo de 40 mg/dl. Essas mudanças refletem estudos recentes que indicam a necessidade de um controle mais rigoroso para reduzir eventos como infartos e AVCs.
A cardiologista Carisi Anne Polanczyk reforça a importância dessa abordagem personalizada: “A medicina evolui para uma abordagem cada vez mais personalizada, permitindo identificar e tratar o risco cardiovascular de forma mais precisa, inclusive em pessoas que, à primeira vista, não teriam um colesterol tão elevado”. O documento orienta os médicos a considerarem não apenas os níveis de colesterol, mas também fatores como hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade para traçar estratégias individualizadas de prevenção.
Embora ainda não existam medicamentos específicos para a lipoproteína(a), há avanços promissores na área de tratamentos com tecnologia de RNA de interferência. Atualmente, pelo menos três medicamentos estão em fase final de testes, com resultados esperados para 2026, capazes de reduzir os níveis do “colesterol amaldiçoado” em mais de 90%.
Essa atualização nas diretrizes representa um avanço significativo para a saúde cardiovascular no Brasil, especialmente para as mulheres, que devem estar atentas à prevenção e ao acompanhamento médico regular. A avaliação da lipoproteína(a) e o controle rigoroso do colesterol LDL são passos essenciais para reduzir o risco de infartos e AVCs, promovendo uma vida mais saudável e longeva.
Fique atenta às novidades e converse com seu médico sobre a importância desses exames e cuidados. A prevenção é o melhor caminho para o bem-estar e a qualidade de vida.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA