Health Meeting reúne líderes para debater governança, colaboração e inteligência artificial na saúde

A terceira edição da Health Meeting Brasil/SINDIHOSPA, realizada em Porto Alegre, reuniu nesta terça-feira (21) líderes e executivos de grandes hospitais do país para discutir os principais desafios e tendências da gestão em saúde. O evento, que ocorre até esta quinta-feira na PUCRS, abriu com o 14º Workshop da Agenda Executiva em Saúde, onde temas como governança, colaboração entre instituições e o impacto da inteligência artificial (IA) foram amplamente debatidos.

A governança foi destacada como um pilar fundamental para a sustentabilidade das instituições de saúde. Jader Pires, diretor-geral da Santa Casa de Porto Alegre, ressaltou o desafio de equilibrar interesses conflitantes entre pagadores, usuários e reguladores, afirmando que “cada cliente puxa para um canto e nosso desafio como gestor é buscar a eficiência interna”. Já Paulo Roberto Barbosa Soares, da Unimed Porto Alegre, enfatizou que a alta governança depende não só de processos e indicadores, mas principalmente das pessoas: “Seu papel é engajar e inspirar quem está sob sua liderança, porque são essas pessoas que farão a transformação na saúde.”

Outro ponto central foi a necessidade de um relacionamento estratégico e colaborativo entre hospitais e operadoras de saúde. Daniela Medeiros, da Unimed Porto Alegre, destacou a importância de corrigir o desnível histórico do sistema para mudar a lógica de competição. Daniel Greca, do Hospital Sírio-Libanês, reforçou que, sem uma regulação efetiva no setor suplementar, “tudo que acontece vai depender da boa vontade”. O diretor-geral do Hospital São Lucas da PUCRS, Oswaldo Balparda, acrescentou que o paciente deve ser o foco principal, pois muitas vezes desconhece a melhor forma de utilizar seu plano de saúde, e que é fundamental ampliar a confiança no sistema.

A inteligência artificial, tema que ganha cada vez mais espaço na saúde, também foi amplamente discutida. Fernando Torelly, da Rede D’Or, afirmou que a IA revolucionará o setor e que a tecnologia não substituirá os profissionais, mas os incentivará a estudar mais. Lara Sales Vieira, CEO do Pompéia Ecossistemas de Saúde, apresentou dados que indicam que, até 2030, a IA eliminará 92 milhões de empregos, mas criará 170 milhões de novas vagas, com destaque para a expansão dos profissionais de enfermagem. Evandro Moraes, do Hospital Moinhos de Vento, ressaltou que a IA não desumaniza a gestão, pois a inspiração depende da dimensão humana.

Além disso, a experiência do paciente foi tema de importantes reflexões. José Miguel Dora, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, compartilhou intervenções que melhoraram a comunicação entre equipes e o monitoramento, tornando-se referência. Franklin Lindolf, do Hospital Regional do Oeste, destacou que mesmo com profissionais capacitados e equipamentos modernos, o atendimento humanizado depende das lideranças. Exemplos práticos foram apresentados por Vania Röhsig, do Hospital Moinhos de Vento, e Andrea Conrad, do Hospital Copa Star Rede D’Or, que trabalham com foco total na jornada do paciente. Marcos Riva, do Hcor, finalizou ressaltando que a conexão humana e as relações interpessoais são essenciais para melhorar a satisfação do paciente, especialmente em momentos de angústia.

A 3ª Health Meeting Brasil/SINDIHOSPA é promovida pela HM Brasil Feiras e Congressos e pelo SINDIHOSPA, com patrocínio da Unimed Porto Alegre, Unicred Porto Alegre, Secretaria Estadual do Turismo e Sebrae. O evento reforça a importância da união entre tecnologia, gestão e cuidado humano para o futuro da saúde no Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com informações fornecidas pela assessoria de imprensa do evento.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA