Dia Mundial da Pólio: alerta para o risco do retorno da doença no Brasil

Com cobertura vacinal abaixo da meta, o país enfrenta o desafio de proteger as crianças contra a poliomielite

No Dia Mundial da Pólio, celebrado em outubro, o Brasil recebe um alerta importante sobre o risco do retorno da poliomielite, uma doença que já foi eliminada no país há mais de três décadas. Segundo dados recentes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil está em 80% para crianças menores de um ano, ainda distante da meta segura de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A poliomielite é causada por um vírus que afeta o sistema nervoso e pode provocar paralisia permanente, especialmente em crianças pequenas. A Dra. Luiza Helena Falleiros Arlant, médica coordenadora do Departamento de Pediatria da Universidade Metropolitana de Santos, reforça que “a única forma de impedir a volta dos casos é vacinar. Cada criança sem imunização é uma porta aberta para a reintrodução do vírus.”

Desde o lançamento da Iniciativa Global pela Erradicação da Pólio, em 1988, os casos no mundo caíram mais de 99%. No entanto, a queda nas taxas de vacinação no Brasil nos últimos anos abriu brechas que ameaçam décadas de conquistas. O país, que já foi referência mundial em imunização, enfrenta hoje o desafio de garantir que todas as crianças recebam as doses da vacina no tempo correto.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção contra a poliomielite. No Brasil, o esquema vacinal público utiliza exclusivamente a vacina inativada contra poliomielite (VIP), aplicada em três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses. Além disso, na rede privada, estão disponíveis vacinas combinadas que protegem contra várias doenças, incluindo a pólio.

Apesar da ampla oferta, a média nacional de cobertura vacinal entre 2013 e 2022 foi de apenas 75,7%, muito abaixo da meta de 95%. Em 2025, o índice subiu para 80%, mas ainda insuficiente para garantir a imunidade coletiva necessária para impedir a circulação do vírus. A especialista alerta: “É ilusório pensar que estamos protegidos se apenas parte das crianças é vacinada. O vírus não reconhece fronteiras: basta uma queda de vigilância e o surto pode começar atingindo justamente os mais vulneráveis.”

Mais do que uma data no calendário, o Dia Mundial de Combate à Pólio é um chamado à responsabilidade de cada família. Vacinar é um ato de proteção, amor e memória para manter viva a conquista de um país que já provou que a mobilização coletiva faz a diferença.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa, reforçando a importância da vacinação infantil para a saúde pública e a prevenção da poliomielite no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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