Outubro Rosa para pets: câncer de mama atinge até 45% das cadelas e 30% das gatas

Castração precoce e atenção dos tutores são essenciais para prevenir e tratar tumores mamários em animais de estimação

Outubro Rosa é um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma doença que também afeta os animais de estimação. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária, os tumores mamários acometem até 45% das cadelas e cerca de 30% das gatas ao longo da vida, um índice alarmante que exige atenção dos tutores.

A médica veterinária Idelvania Nonato, especialista em Patologia animal e professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UniBH, destaca que a gravidade da doença está na alta taxa de malignidade dos tumores mamários. “Cerca de 50% das neoplasias incidentes nas cadelas são tumores mamários malignos. Nas gatas o índice é ainda pior: de 80% a 90% dos diagnósticos”, alerta a especialista.

A doença é mais comum em animais entre 10 e 12 anos, mas a ausência de castração é um fator de risco significativo. “A não castração aumenta a liberação hormonal e favorece o desenvolvimento do câncer. A vacina anticoncepcional, vulgo ‘anti-cio’, aplicada em gatas também pode contribuir para a enfermidade”, explica Idelvania.

O sinal mais comum que deve alertar os tutores é o aumento de volume nas glândulas mamárias. “Toda alteração na região deve ser investigada por um médico veterinário”, reforça a especialista. Assim como nas mulheres, a detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia ou ambos, aumentando as chances de cura para até 90%.

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem ou biópsia, mas o grande desafio é o atraso na busca por atendimento. “Infelizmente, muitos tutores demoram a acionar os serviços médicos. Quanto mais tardio o diagnóstico, maior é a chance de metástase, ou seja, a disseminação da enfermidade para outros órgãos do animal, e esse cenário é o mais comum”, lamenta Idelvania.

A prevenção começa com a castração precoce. “Quanto mais cedo as fêmeas forem castradas, maiores são as chances de evitar distúrbios hormonais”, orienta a veterinária. Além disso, hábitos saudáveis, como alimentação adequada e controle do peso, são essenciais para evitar síndromes metabólicas que podem favorecer a doença.

Diferentemente das mulheres, os pets não contam com exames regulares de rastreamento, como a mamografia. Por isso, o papel do tutor é fundamental para o monitoramento constante. “Orientamos que a glândula mamária seja apalpada com regularidade e que qualquer alteração seja avaliada imediatamente por um profissional”, destaca Idelvania.

A possibilidade de recidiva existe e depende do tipo de tumor, idade do animal, estágio do diagnóstico e resposta ao tratamento. Cada caso deve ser acompanhado de perto para definir as melhores condutas ao longo do tempo.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, reforçando a importância da prevenção e do cuidado contínuo para a saúde dos pets durante o Outubro Rosa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 71 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar