Remédios caseiros: saiba o que realmente funciona e o que é mito para sua saúde

Descubra quais práticas naturais podem ajudar e quais oferecem riscos segundo especialistas da Rede São Camilo

O uso de remédios caseiros é uma prática muito comum no Brasil, especialmente diante de sintomas leves de doenças virais. Chás, gargarejos e receitas naturais são frequentemente utilizados com a expectativa de aliviar dores, melhorar o sono ou tratar resfriados. No entanto, nem todas essas práticas têm comprovação científica e algumas podem até trazer riscos à saúde.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha realizada em 2023 a pedido do Conselho Federal de Farmácia, 66% dos brasileiros recorrem à automedicação, muitas vezes associada ao uso de chás e remédios caseiros, antes de buscar atendimento profissional. Para esclarecer o que funciona e o que é mito, o Dr. Thiago Piccirilo, médico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, comenta os principais exemplos e orienta sobre o uso seguro dessas práticas.

Um dos mitos mais comuns é que o maracujá dá sono. O especialista explica que o efeito calmante está relacionado ao chá feito com as folhas da planta, que contêm passiflora, e não à fruta consumida in natura. Já os chás para emagrecimento, como hibisco, verde ou sene, são em grande parte mitos, pois não promovem perda de peso significativa e podem causar efeitos colaterais, especialmente se consumidos em excesso ou misturados a medicamentos.

Erva-doce e camomila são exemplos de plantas que podem ajudar a acalmar e melhorar a digestão, mas com efeito limitado e sem substituir tratamentos para ansiedade ou distúrbios do sono. A combinação de mel com limão, muito popular para gripe, alivia irritação na garganta, mas não combate o vírus, e o uso dessa receita não deve atrasar a avaliação médica em casos de febre alta ou piora respiratória.

O gargarejo com água morna e sal pode ajudar a reduzir inflamações leves na garganta, porém não trata infecções mais graves. Já o chá de boldo auxilia na digestão, mas não “limpa” o fígado, que funciona normalmente sem necessidade de desintoxicação por chás.

Quanto à dor muscular, o uso de compressa quente pode ser benéfico em casos de tensão, mas pode agravar inflamações agudas, por isso é importante identificar a origem da dor antes de aplicar calor ou gelo. Para ajudar a dormir, chás como valeriana, maracujá (folha) e melissa têm efeito leve e podem auxiliar no relaxamento, mas não resolvem insônia crônica ou distúrbios do sono.

O médico reforça que práticas naturais podem complementar os cuidados com a saúde, mas não substituem avaliação médica. Em casos persistentes, automedicação e receitas populares podem atrasar diagnósticos e agravar sintomas. A recomendação é sempre buscar orientação profissional diante de dúvidas, sinais de alerta ou uso contínuo de qualquer substância, natural ou não.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, referência em atendimento e especialidades médicas.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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