Fertilização in vitro 4.0: avanços que estão transformando a reprodução assistida
Especialistas do Vitrolife Group destacam genética, inteligência artificial e controle laboratorial para otimizar a FIV
A fertilização in vitro (FIV) está passando por uma revolução tecnológica e científica, conforme discutido no simpósio “Reproductive Game Changers – O que a otimização da FIV realmente significa?”, promovido pela Igenomix Brasil, parte do Vitrolife Group, durante o 29º Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida (CBRA 2025). O evento reuniu especialistas da América Latina, Europa e Oceania para debater os avanços que vêm redefinindo os resultados da reprodução assistida.
Um dos principais temas abordados foi o papel da genética na jornada reprodutiva. A médica geneticista chilena Catherine Díaz destacou que, mesmo em casais jovens com infertilidade sem causa aparente, já foram identificados mais de cem genes relacionados a distúrbios no desenvolvimento embrionário. Ela ressaltou que testes como o cariótipo e o PGT-A (teste genético pré-implantacional para aneuploidias) são fundamentais para reduzir perdas gestacionais e prevenir síndromes genéticas, além de diminuir o impacto emocional e financeiro para os casais.
Outro ponto crucial é o controle de qualidade laboratorial, apresentado por Erik Strait, gerente de laboratório da Vitrolife. Ele explicou que 60% dos materiais testados para uso em reprodução assistida apresentam algum nível de toxicidade e são descartados antes de chegar ao laboratório clínico. A Vitrolife realiza testes rigorosos, como o Mouse Embryo Assay (MEA), para garantir a segurança dos materiais, indo além das exigências regulatórias para proteger o embrião.
A tecnologia também tem papel transformador, especialmente o uso do time-lapse e da inteligência artificial (IA) na seleção embrionária. O especialista espanhol Marcos Meseguer compartilhou que a incubadora time-lapse EmbryoScope aumentou em cerca de 10% as taxas de gravidez clínica e evolutiva. Além disso, o sistema de IA IDAScore avalia automaticamente o potencial de implantação dos embriões, proporcionando uma seleção mais precisa e menos subjetiva do que a análise morfológica tradicional. Estudos indicam que a IA pode reduzir em até 6% o tempo para o nascimento do bebê, um avanço significativo para a prática clínica.
O painel também destacou a importância da receptividade endometrial e da microbiota uterina, temas apresentados pela pesquisadora Viviane Casaroli. Ela explicou que o endométrio atua como um biossensor, reconhecendo a qualidade do embrião, e que o teste ERA (Endometrial Receptivity Analysis), aliado ao PGT-A, pode aumentar as taxas de gravidez clínica e nascidos vivos. Casaroli ressaltou ainda que o equilíbrio da microbiota uterina, especialmente o controle de bactérias patogênicas, é fundamental para o sucesso da implantação, e que métodos moleculares como o PCR auxiliam no diagnóstico e tratamento.
O debate final trouxe uma visão global sobre regulamentação e acesso a essas tecnologias, evidenciando diferenças regionais e desafios como custos e legislação. Os especialistas concordaram que a otimização da FIV depende da integração entre genética, laboratório, tecnologia e clínica, formando um processo conectado que visa tornar a experiência dos pacientes mais eficiente, personalizada e humana.
Este avanço na reprodução assistida, denominado FIV 4.0, representa uma nova era em que ciência de ponta, padronização laboratorial, análise genética e inteligência artificial atuam de forma sinérgica para melhorar os resultados e o planejamento familiar. As informações foram fornecidas pela assessoria de imprensa do Vitrolife Group.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA