Saúde no centro da ação climática: carta com 250 assinaturas é entregue na COP30

Movimento Médicos pelo Clima propõe que Brasil lidere esforço global para integrar saúde e clima na COP30

Nesta sexta-feira (17), em Brasília, foi entregue a carta “Pela saúde no centro da ação climática” à enviada especial para a saúde na COP30, a epidemiologista Ethel Maciel. O documento, assinado por mais de 250 organizações, profissionais da saúde e movimentos sociais, propõe que o Brasil lidere um esforço internacional para consolidar a saúde como prioridade transversal nas políticas climáticas. A ação foi conduzida pelo Movimento Médicos pelo Clima, idealizado pelo Instituto Ar, com a presença de representantes da sociedade civil e entidades médicas.

A entrega ocorreu durante um encontro na Universidade de Brasília (UnB), com a participação da médica pneumologista Danielle Bedin, da líder do movimento Brenda Kauane e do professor Swedenberger Barbosa, do Centro Internacional de Bioética e Humanidades da UnB. A enviada especial Ethel Maciel terá a função de representar o tema saúde dentro da COP30, atuando como interlocutora estratégica para que as pautas de saúde sejam incorporadas na agenda oficial da conferência.

Segundo Ethel, haverá eventos dedicados à integração entre saúde e clima, com a participação de parceiros estratégicos como o Ministério da Saúde e fundações internacionais que financiam ações de adaptação, como a Fundação Gates, Rockefeller e Wellcome Trust. “Nós estaremos juntos com eles discutindo como implementar em municípios e estados o Plano de Ação de Belém, desenvolvido pelo Brasil para ajudar países a adaptarem seus sistemas de saúde aos efeitos das mudanças climáticas”, explicou.

A carta reforça o papel do Brasil na presidência da COP30 e recomenda o fortalecimento do Plano de Ação em Saúde de Belém, a garantia de financiamento climático específico para ações em saúde e a inclusão do tema nos principais documentos da conferência. Entre as entidades signatárias estão a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Associação Brasileira de Asmáticos e a Rede de Trabalho Amazônico, que articula mais de 600 organizações da Amazônia Legal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a crise climática será responsável por cerca de 250 mil mortes anuais entre 2030 e 2050, causadas por desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico. Os custos para os serviços de saúde podem chegar a US$ 2 a 4 bilhões por ano para responder a esses desafios.

A médica Danielle Bedin destacou a urgência do tema: “A mudança climática está acontecendo agora, o calor está aumentando agora e se a gente não cuidar agora, os estragos vão ser ainda maiores no futuro”. O Movimento Médicos pelo Clima, criado em 2020 pelo Instituto Ar, atua na mobilização da classe médica, produção científica e advocacy para colocar a saúde no centro da agenda climática.

Este movimento pioneiro já alcançou mais de 15 mil profissionais de saúde e participa de redes internacionais que discutem clima e saúde, reforçando a importância de políticas públicas que integrem esses dois temas. A entrega da carta é um passo importante para que a saúde seja reconhecida como um eixo estratégico nas negociações climáticas, especialmente na COP30, que acontecerá sob a presidência do Brasil.

Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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