Preparação Tributária Estratégica: Como Empresários e Contadores Devem Enfrentar a Reforma de 2026

Antecipar ajustes e adotar governança fiscal são essenciais para evitar riscos e transformar desafios em vantagens competitivas na nova sistemática tributária brasileira.

Com quase 85% das empresas indicando que ainda não estão preparadas para a Reforma Tributária em curso no Brasil, cresce a urgência de ações estruturadas para evitar colapsos financeiros no ano que vem. A nova sistemática, que propõe unificação de tributos como ICMS e ISS no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), ampliará a complexidade de dados fiscais. Estima-se que o volume de documentos fiscais emitidos poderá atingir 70 bilhões por ano no modelo em plena vigência.

Esse momento exige estratégia clara e ajustes imediatos. É preciso consolidar práticas de governança tributária, adotar tecnologias que minimizem erros e revisitar o regime tributário de cada cliente com antecedência.

No centro da discussão estão os riscos da transição, sobretudo para empreendimentos que operam no Simples Nacional. Segundo estudos, 93% das empresas apontam que precisarão de maior capital de giro, e 77,6% acreditam que a carga tributária vai aumentar em cadeias produtivas.

Empresas que tomarem decisões unilaterais sem simulações ou auditorias internas estarão vulneráveis. Quem reage apenas quando o novo regime já estiver em vigor corre risco de multas, falhas fiscais e queda de margem.

Entre os ajustes recomendados, destacam-se:

– Auditorias fiscais internas contínuas para identificar inconsistências antes de autuações;
– Controle rigoroso de créditos tributários previstos no novo regime;
– Adoção de softwares de automação fiscal para reduzir erros na apuração;
– Simulações de cenários de impacto nas receitas e custos para ajustar preços e fluxo de caixa;
– Capacitação constante das equipes sobre novas regras e obrigações;
– Estrutura interna de governança tributária, com processos padronizados e monitoramento periódico.

A preparação antecipada pode transformar risco em vantagem competitiva. O planejamento tributário deve ser encarado como investimento, não custo. Quem se antecipa sai na frente.

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Por Jhonny Martins

Contador e advogado pela PUC-SP, especialização em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus, MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP, MBA em Gestão Tributária pela USP, vice-presidente do SERAC

Artigo de opinião

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