Queda de 31% nas vendas de medicamentos para saúde mental preocupa especialistas

Acesso aos tratamentos enfrenta desafios em diferentes regiões do Brasil, apesar da estabilidade no faturamento

Um recente levantamento da Interplayers, divulgado por assessoria de imprensa, revelou uma queda significativa de 31% nas unidades vendidas de medicamentos para saúde mental entre janeiro e julho de 2025. Apesar dessa redução expressiva no volume, o faturamento total do setor apresentou uma leve retração de apenas 1%, indicando uma possível mudança no perfil dos produtos comercializados, com maior concentração em medicamentos de valor unitário mais alto.

Analisando o período móvel de agosto de 2024 a julho de 2025, o cenário é um pouco mais positivo no faturamento, que cresceu 7%, mas ainda assim houve uma queda de 10% nas unidades vendidas. Esse comportamento reforça a tese de que o mercado está se concentrando em produtos mais caros, o que pode impactar o acesso da população aos tratamentos.

Os dados também apontam para uma realidade bastante heterogênea entre os estados brasileiros. Em São Paulo, o maior mercado do país, houve uma queda de 38% nas unidades vendidas no período móvel, enquanto o faturamento subiu apenas 2%. Já no Rio de Janeiro, o crescimento foi expressivo no mesmo período, com alta de 142% em unidades e 4% em faturamento, embora esses números não tenham se mantido no acumulado do ano. Por outro lado, a Bahia registrou quedas severas, com 78% menos unidades vendidas e 15% de redução no faturamento. Na região Norte, estados como Rondônia e Amazonas apresentaram crescimento significativo, com aumentos de até 211% em unidades vendidas.

Esse panorama complexo sugere que fatores regionais, econômicos e logísticos estão influenciando o acesso e a escolha dos tratamentos para saúde mental no Brasil. A disparidade entre faturamento e volume vendido levanta preocupações sobre a disponibilidade e o custo dos medicamentos para a população.

Everton Paloni, Gerente de Inteligência de Negócios da ECS, parceira da Interplayers, destaca a importância do tema: “Os dados da OMS indicam um aumento nos casos de depressão e ansiedade, sobretudo no pós-pandemia. Paralelamente, nos últimos anos, o Brasil registrou números recordes de afastamentos por conta desses transtornos. Por isso, é importante estarmos alertas em relação ao acesso a esses tipos de medicamentos e pensar em estratégias e programas de acesso cada vez mais eficazes, para que esse quadro não se agrave.”

Os dados apresentados refletem o panorama considerando programas de fidelização e o canal comercial da Interplayers, dentro da categoria de medicamentos psicofármacos. A entrada e saída de medicamentos dessas iniciativas pode influenciar os números, mas o alerta sobre o acesso permanece claro.

Este cenário reforça a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas que garantam o acesso amplo e contínuo a medicamentos essenciais para a saúde mental, especialmente em um momento em que a demanda por esses tratamentos cresce no país.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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