Luto Gestacional: 7 Atitudes que Acolhem e 5 Frases que Devem Ser Evitadas
Psicóloga perinatal explica como apoiar famílias que enfrentam a perda de um bebê com empatia e respeito
No Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda Gestacional e Neonatal, celebrado em 15 de outubro, o tema do luto gestacional ganha destaque pela importância do acolhimento e da empatia. A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, compartilha orientações valiosas para quem deseja apoiar famílias que enfrentam essa dor tão delicada e muitas vezes invisibilizada pela sociedade.
O luto gestacional vai além da perda física do bebê: representa a interrupção de sonhos, planos e vínculos afetivos. “O luto perinatal não é apenas sobre a morte do bebê, mas sobre o vínculo e os planos interrompidos. Validar essa dor é essencial para que o acolhimento aconteça de forma verdadeira”, explica Rafaela.
A especialista destaca que o processo de luto é único para cada pessoa e não há um tempo certo para superá-lo. O importante é observar como a tristeza afeta o dia a dia e buscar ajuda profissional quando o sofrimento se torna incapacitante.
Para ajudar no acolhimento, Rafaela lista sete atitudes que realmente fazem a diferença:
1) Ouvir sem julgar, valorizando o silêncio respeitoso em vez de oferecer conselhos imediatos;
2) Dizer “sinto muito”, validando a dor de forma empática;
3) Evitar comparações, pois cada perda é única;
4) Oferecer ajuda prática, como preparar refeições ou ajudar nas tarefas domésticas;
5) Respeitar os rituais de memória, como fotos e o uso do nome do bebê;
6) Incluir o pai no processo, reconhecendo seu luto silencioso;
7) Acompanhar a família nas semanas seguintes, quando o luto pode se tornar mais silencioso e solitário.
Por outro lado, a psicóloga alerta para cinco frases que devem ser evitadas, pois diminuem o sofrimento:
– “Foi melhor assim”
– “Você pode tentar de novo”
– “Pelo menos foi cedo”
– “Deus sabe o que faz”
– “Seja forte”
“Essas frases, embora bem-intencionadas, diminuem o sofrimento. O verdadeiro acolhimento é feito de presença, não de respostas prontas”, reforça Rafaela.
Um avanço importante para as famílias enlutadas é a Lei 15.139/2025, que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. Em vigor desde agosto, a lei garante atendimento psicológico pelo SUS, acolhimento humanizado nas maternidades, acesso a exames para apurar a causa da perda e o direito ao registro do bebê natimorto com o nome escolhido.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada quatro gestações termina em perda, mas o assunto ainda é cercado de tabus. “Discutir o tema ajuda a romper tabus, validar o sofrimento das famílias e incentivar práticas de acolhimento mais empáticas e humanizadas”, conclui Rafaela Schiavo.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa, reforçando a importância de um olhar sensível e informado sobre o luto gestacional. Reconhecer e respeitar essa dor é fundamental para oferecer apoio verdadeiro e contribuir para a saúde emocional das famílias.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



