Dia Mundial da Saúde Mental: a importância do cuidado emocional para pessoas neurodivergentes
Entenda por que acolhimento e terapias personalizadas são essenciais para o bem-estar de autistas, pessoas com TDAH e outras condições neurológicas
No dia 10 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data instituída pela Federação Mundial de Saúde Mental em 1992 para mobilizar governos e a sociedade a discutir a importância do bem-estar emocional. Especialistas destacam que o cuidado com a saúde mental deve ser prioridade para todos, especialmente para pessoas neurodivergentes — como autistas, pessoas com TDAH, dislexia e outras condições neurológicas — que enfrentam riscos maiores de ansiedade, depressão e pensamentos suicidas.
O conceito de neurodiversidade reconhece que existem múltiplas formas de funcionamento cerebral, todas igualmente válidas. No entanto, a pressão social para se adequar a padrões convencionais pode gerar sobrecarga emocional, isolamento e esgotamento para esses indivíduos. Segundo dados do IBGE, 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população com dois anos ou mais. A maior prevalência está entre crianças de 5 a 9 anos, com 2,6% diagnosticadas — uma em cada 38 crianças.
A pesquisa “Retratos do Autismo”, realizada pela Genial Care, revela que 49% dos autistas já apresentaram comportamentos de autolesão e 7% tentaram tirar a própria vida. Além disso, a saúde emocional dos cuidadores merece atenção especial: o estudo “Cuidando de quem cuida” mostra que 86% dos cuidadores de crianças com autismo são mães, das quais 68% relatam não ter tempo para si mesmas e 47% sentem culpa pela condição dos filhos, aumentando o desgaste físico e psicológico.
Thalita Possmoser, Vice Presidente Clínica da Genial Care, reforça que “pessoas neurodivergentes enfrentam desafios que vão muito além do diagnóstico. Elas convivem com sobrecarga sensorial, exigências sociais e uma busca constante por pertencimento e inclusão. Por isso, falar de saúde mental nesse contexto é falar de acolhimento, empatia e inclusão”.
Para garantir um cuidado mais inclusivo, é fundamental compreender as necessidades específicas dessas pessoas e oferecer suporte interdisciplinar. Segundo Thalita, “cuidar da saúde mental de uma pessoa neurodivergente não é apenas oferecer terapia, e sim construir um ecossistema de suporte. Envolve orientar a família, ajustar o ambiente, capacitar profissionais e garantir continuidade no cuidado”.
Entre as estratégias indicadas estão intervenções terapêuticas personalizadas, terapia ocupacional focada em integração sensorial, redes de apoio para troca de experiências e ações de autocuidado adaptadas às particularidades sensoriais de cada indivíduo.
Neste Dia Mundial da Saúde Mental, o convite é para que a sociedade valorize o direito ao cuidado emocional contínuo, especialmente para pessoas neurodivergentes. “Quanto mais cedo o suporte especializado é oferecido, maiores são as chances de autonomia, qualidade de vida e bem-estar ao longo da vida”, conclui a especialista.
Se você ou alguém próximo está enfrentando sofrimento emocional, procure ajuda especializada. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio gratuito e sigiloso pelo número 188 ou em cvv.org.br.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Genial Care.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA