Burnout atinge 2 a cada 3 médicos no Brasil e revela crise na saúde mental dos profissionais
Dia da Saúde Mental destaca o impacto das longas jornadas e da burocracia na vida dos médicos brasileiros
No Dia da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, um alerta importante vem à tona: o burnout atinge dois em cada três médicos no Brasil. Essa síndrome ocupacional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há três anos, tem impacto significativo na saúde dos profissionais que cuidam da população. Dados da pesquisa “Saúde Mental do Médico”, realizada pela Afya, indicam que 47% dos médicos já tiveram diagnóstico de ansiedade e 46% sofrem de depressão, números que refletem a gravidade da situação.
A rotina desses profissionais é marcada por jornadas exaustivas, com turnos de até 12 horas e acúmulo de vínculos em diferentes hospitais e clínicas, chegando a trabalhar entre 49 e 72 horas semanais. Entre os intensivistas, a situação é ainda mais crítica, com 61,7% apresentando sintomas de burnout, conforme estudo científico sobre a prevalência da síndrome em cinco capitais brasileiras.
Além das longas horas de trabalho, a burocracia silenciosa é um fator que compromete o bem-estar dos médicos. Segundo Guto Quirós, CEO da Plenno, healthtech que simplifica a rotina médica por meio de uma plataforma digital, “quando falamos em saúde mental dos médicos, não podemos restringir o problema apenas ao tempo dentro do hospital. O caos das escalas, a imprevisibilidade de horários e a carga de tarefas burocráticas são fatores que corroem aos poucos o bem-estar desses profissionais”.
O levantamento da Afya revela que 60% dos médicos apontam as atividades administrativas como o principal fator associado ao burnout. A falta de integração entre as ferramentas usadas no dia a dia, como planilhas, grupos de WhatsApp e sistemas isolados, gera desorganização, erros e perda de tempo em processos que poderiam ser automatizados. Esse desgaste invisível soma-se às jornadas exaustivas e compromete diretamente a qualidade de vida dos profissionais.
Para reverter esse cenário, a tecnologia surge como uma aliada fundamental. A digitalização permite unificar escalas, finanças e burocracias em um único ambiente, otimizando o tempo do médico e devolvendo previsibilidade à sua rotina. Isso não só melhora a gestão dos múltiplos vínculos, mas também reduz falhas e retrabalho, promovendo uma jornada mais equilibrada e segura.
“Não se trata de discutir se o setor da saúde deve adotar ou não a digitalização, mas como acelerar o processo de forma inteligente e segura. Afinal, a tecnologia é uma solução para essa sobrecarga invisível. Ela permite ao médico recuperar o tempo perdido em burocracia e dedicar sua energia ao cuidado dos seus pacientes”, conclui Quirós.
Esses dados e reflexões foram compartilhados pela assessoria de imprensa da Plenno, reforçando a necessidade urgente de atenção à saúde mental dos médicos, que muitas vezes ficam invisíveis diante do cuidado que oferecem à população. Cuidar de quem cuida é essencial para garantir um sistema de saúde mais humano e eficiente.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA