PANCREAS 2025: Novas estratégias para detectar câncer de pâncreas antes da fase avançada
Evento em São Paulo reúne especialistas para discutir avanços em diagnóstico, tecnologia e políticas públicas no combate ao câncer de pâncreas
O PANCREAS 2025, maior encontro multidisciplinar do mundo dedicado ao câncer de pâncreas, foi realizado em São Paulo com o objetivo de discutir estratégias para mudar o cenário preocupante em que 80% dos tumores são diagnosticados em estágio avançado. Segundo dados apresentados no evento, essa realidade reduz drasticamente as chances de cura, tornando o diagnóstico precoce uma prioridade urgente.
Especialistas nacionais e internacionais reunidos na mesa-redonda “Desafios no Diagnóstico e Rastreamento no Câncer de Pâncreas” destacaram avanços significativos em três frentes principais: aperfeiçoamento das técnicas de imagem e endoscopia, desenvolvimento de modelos ágeis e integrados de atendimento e o uso crescente da inteligência artificial no rastreamento da doença.
Na área de imagem, protocolos de tomografia e ressonância magnética de alta resolução têm permitido identificar sinais sutis, como dilatação abrupta de ductos e atrofia focal, antes mesmo do tumor ser visível. A integração entre diferentes métodos, como ressonância, ultrassonografia e ecoendoscopia, foi apontada como essencial para aumentar a precisão diagnóstica.
A endoscopia avançada também tem evoluído com agulhas mais precisas para biópsias que preservam a arquitetura do tecido, possibilitando testes imunohistoquímicos e genéticos. Novas tecnologias, como o uso de contrastes com microbolhas e a endomicroscopia confocal, ampliam as possibilidades de diagnóstico em tempo real.
Além dos avanços tecnológicos, o evento ressaltou a importância de modelos de atendimento ágeis e multidisciplinares, como o “One Stop Clinic”, que oferece diagnóstico e definição de conduta em até 72 horas, integrando consultas, exames e biópsias. Essa abordagem tem mostrado impacto positivo na sobrevida dos pacientes, ao reduzir o tempo entre diagnóstico e início do tratamento.
Outro ponto crucial discutido foi o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas públicas. A desigualdade no acesso ao diagnóstico e tratamento, influenciada pelo local de residência do paciente, ainda é um desafio a ser superado. A centralização do atendimento em centros especializados e o fortalecimento das redes organizadas são caminhos apontados para melhorar os resultados.
O protagonismo das organizações de pacientes também foi destacado como fundamental para a conscientização, apoio e advocacy. Iniciativas como programas de testes genômicos e monitoramento de grupos de risco mostram que a união entre ciência, tecnologia, gestão e voz dos pacientes pode transformar o futuro do câncer de pâncreas.
Com base em dados da assessoria de imprensa do PANCREAS 2025, fica claro que a prevenção, o diagnóstico precoce e a integração entre diferentes áreas da saúde são essenciais para reverter o atual cenário e oferecer mais esperança a quem enfrenta essa doença.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA