Dia das Crianças: valorizando o afeto e a convivência em família

Resgatar brincadeiras simples e o contato entre gerações fortalece vínculos e promove o desenvolvimento emocional das crianças

Celebrar o Dia das Crianças, em 12 de outubro, é valorizar a infância como um período essencial repleto de descobertas, encantos e vínculos afetivos, além de reconhecer o impacto dessa fase na vida adulta. “É um dia para lembrar que as crianças têm direito ao afeto, ao brincar, à proteção e ao desenvolvimento saudável”, afirma a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado.

Uma sugestão da profissional para pais e responsáveis é transformar a data em um verdadeiro ritual familiar, com passeios, piqueniques, rodas de histórias, teatro improvisado, jogos de tabuleiro, leitura compartilhada, caça ao tesouro no quintal, brincadeiras simples que estimulam memória, linguagem, criatividade e raciocínio.

A especialista ressalta que toda a família deve contribuir para criar lembranças felizes nos pequenos, incluindo os avós, grandes guardiões das histórias. “Eles podem compartilhar suas memórias, ensinar cantigas e mostrar como era a infância deles. Esses gestos fortalecem raízes e dão à criança a noção de pertencimento e continuidade familiar”, pontua Paula.

Resgatar atividades lúdicas com as novas gerações, ainda de acordo com Paula, tem um valor imensurável. “Brincadeiras antigas criam uma ponte entre pessoas de todas as idades e trazem simplicidade, encantamento e mostram que a alegria do brincar não está na tecnologia, mas no encontro humano”.

Paula Furtado, que também é contadora de fábulas, diz que se tivesse que escolher uma “brincadeira universal” seria os contos. “É uma prática que não depende de recursos materiais e atravessa culturas e tempos. Uma narrativa conecta parentes por meio da imaginação, do afeto e dos ensinamentos simbólicos”, explica.

Para tornar o Dia das Crianças uma celebração inclusiva e significativa para os alunos, Paula sugere que escolas e famílias trabalhem em ações conjuntas, como rodas de histórias, diversões coletivas como dinâmicas cooperativas, teatro e música. O foco deve ser em experiências que promovam convivência e afetividade, com a proposta de oferecer um presente que não pode ser comprado em lojas.

Hoje, as crianças enfrentam desafios como o excesso de telas, a pressão por desempenho e a falta de tempo de qualidade no lar. Para Paula, a data pode ser um respiro, um convite à reconexão, valorizando o que há de mais simples e essencial: as relações humanas. “Mais do que um dia comemorativo, é um compromisso diário com o bem-estar das nossas crianças”, conclui Paula.

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Por Elenice Cóstola

Colaboradora (sem outras qualificações específicas mencionadas)

Artigo de opinião

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