Gray Divorce: quando a separação após os 60 anos abre portas para uma nova vida

Conheça o fenômeno do “divórcio grisalho” que transforma a vida de idosos no Brasil, entre desafios e reinvenções

O Gray Divorce, ou “divórcio grisalho”, é um fenômeno que vem ganhando destaque no Brasil e no mundo, caracterizado pelo aumento das separações entre pessoas acima dos 50 anos. Um estudo recente do Centro Universitário de Brasília (CEUB) revela que muitos idosos estão rompendo casamentos longos para buscar novas metas e felicidade em uma fase da vida marcada por mais autonomia e longevidade.

A psicóloga Manuela Borges, responsável pela pesquisa, entrevistou homens e mulheres entre 61 e 90 anos que se divorciaram após os 60. Os relatos mostram uma mistura de sentimentos que vão da solidão à sensação libertadora de recomeçar. “Muitos disseram que antes se sentiam como uma metade. Com o divórcio, começaram a se reconstruir até se sentirem novamente inteiros”, destaca Manuela. Entre as atividades que ajudam nessa reinvenção estão aulas de dança, estudos, viagens e até novos relacionamentos.

O fenômeno está ligado a fatores como o fim do estigma social em torno do divórcio, a síndrome do “ninho vazio” — quando os filhos deixam a casa — e a busca por realização pessoal. A orientadora do estudo, Izabella Melo, explica que “o contexto em que esses casais se formaram, nos anos 1970, era outro. O divórcio era tabu. Hoje, com maior independência, sobretudo das mulheres, e a perspectiva de uma vida mais longa, eles sentem que não precisam permanecer em relações insatisfatórias”.

Apesar do impacto emocional e social, a pesquisa mostra que a decisão de se separar após décadas de casamento pode ser um caminho para a melhoria da qualidade de vida. No início, familiares e amigos muitas vezes reagem com choque e incompreensão, mas com o tempo reconhecem os benefícios da escolha. “A família não espera uma separação depois de 30 ou 40 anos. Esse choque inicial vem carregado de angústia, mas pode se transformar em compreensão ao perceber os benefícios da decisão”, avalia Izabella.

A solidão é apontada como o maior desafio enfrentado pelos divorciados nessa fase, especialmente no começo da nova rotina. No entanto, muitos entrevistados relatam uma abertura para novas experiências, amizades e até paixões. “O casamento constrói um ‘nós’. A separação exige a reconstrução do ‘eu’. É doloroso, mas profundamente transformador. Essas pessoas sabem o que querem e não têm mais tempo a perder”, conclui a pesquisadora.

O estudo do CEUB reforça que nunca é tarde para recomeçar e que o Gray Divorce pode ser uma oportunidade para redescobrir a si mesmo, mesmo em uma sociedade marcada por tradições e simbolismos fortes em torno do casamento. A pesquisa ainda pretende ampliar seus recortes para entender melhor as diferenças entre homens e mulheres e os impactos socioeconômicos dessa tendência crescente no Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do CEUB, trazendo à tona um tema relevante para o universo feminino e para todas as mulheres que buscam inspiração para viver plenamente em qualquer fase da vida.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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