Dia Mundial da Paralisia Cerebral: 8 mil bebês diagnosticados anualmente no Brasil

Entenda a importância do diagnóstico precoce e os fatores de risco da paralisia cerebral no país

No dia 6 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, data que reforça a conscientização sobre essa condição que afeta milhares de famílias no Brasil e no mundo. Segundo dados recentes do Registro Brasileiro de Paralisia Cerebral (RB-PC), cerca de 8 mil bebês são diagnosticados com paralisia cerebral anualmente no país, além de aproximadamente 1.200 a 1.500 crianças em idade pré-escolar. Essas informações foram divulgadas por meio de uma assessoria de imprensa da Afya Educação Médica, com base em levantamento realizado entre 2024 e 2025.

A paralisia cerebral é a deficiência motora mais comum na infância, afetando cerca de 18 milhões de pessoas globalmente, conforme dados da World Cerebral Palsy Guide. No Brasil, estima-se que 500 mil pessoas convivam com a condição, que é causada por lesões ou anormalidades no cérebro em desenvolvimento, geralmente antes, durante ou logo após o nascimento. O tipo mais frequente é o espástico, presente em 74,9% dos casos, índice que acompanha a média internacional.

O neurologista Dr. Philipe Marques Cunha, da Afya Educação Médica, explica que a paralisia cerebral é um grupo de distúrbios que comprometem o controle motor e o desenvolvimento global da criança. “Essa condição é permanente, mas na maioria dos casos não progressiva, e os sinais aparecem na infância, variando bastante de pessoa para pessoa”, destaca. O estudo aponta que até 90% dos casos têm origem durante a gestação ou no período neonatal, com 50,3% dos pacientes nascidos prematuramente. “A prematuridade e o baixo peso ao nascer aumentam o risco, pois o cérebro dessas crianças é mais vulnerável a lesões devido à imaturidade dos sistemas vascular e nervoso”, complementa o especialista.

Um ponto preocupante é o atraso no diagnóstico: 33,6% das pessoas com paralisia cerebral no Brasil só receberam a confirmação após o primeiro ano de vida. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar intervenções que estimulam o desenvolvimento motor, melhoram a funcionalidade e minimizam sequelas, proporcionando melhor qualidade de vida. “O diagnóstico é clínico, envolve avaliação do desenvolvimento motor e do tônus muscular, complementado por exames de imagem cerebral, como ressonância magnética ou tomografia”, explica Dr. Philipe.

Globalmente, a paralisia cerebral apresenta desafios significativos: 1 a cada 4 crianças com a condição não consegue falar, 1 a cada 3 não anda, e cerca de 50% apresentam deficiência intelectual. Nos primeiros meses de vida, sinais como dificuldade para sustentar a cabeça, atraso no controle postural, tônus muscular anormal, movimentos assimétricos e irritabilidade incomum podem indicar a condição.

Este Dia Mundial da Paralisia Cerebral reforça a importância da informação e do diagnóstico precoce para que crianças afetadas possam receber o suporte necessário o quanto antes, garantindo um desenvolvimento mais saudável e uma melhor qualidade de vida para elas e suas famílias.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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