6 sinais que indicam automutilação em adolescentes e como agir, segundo especialista

Entenda os principais alertas e a importância do acolhimento para ajudar jovens em sofrimento emocional

Um estudo da USP em parceria com o Ministério da Saúde revelou que 16,9% dos jovens já praticaram automutilação, um comportamento que hoje é reconhecido como um problema de saúde pública. A automutilação, ou o ato de ferir o próprio corpo, muitas vezes surge como uma forma de expressar dores emocionais que o adolescente não consegue colocar em palavras.

Segundo o psicólogo Jair Soares, fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT), “o corpo passa a funcionar como porta-voz daquilo que não foi elaborado internamente”. Ele explica que “o corte denuncia o silêncio da alma” e que o jovem, sem recursos para nomear sua dor, utiliza o corpo como válvula de escape.

No Brasil, esse comportamento tem se tornado cada vez mais visível em escolas, universidades e redes sociais, exigindo atenção redobrada de professores e familiares. Jair Soares alerta que a repressão ou punição não são eficazes. “Quando o adolescente é recebido com medo ou repreensão, a dor se intensifica. O que precisamos é de acolhimento, escuta e investigação terapêutica da origem desse sofrimento”.

O ambiente escolar é um dos primeiros espaços onde os sinais podem aparecer. Mudanças de comportamento, isolamento, queda no rendimento e até rabiscos em cadernos são indicativos que não devem ser ignorados. “O professor é muitas vezes o primeiro adulto a notar que algo não vai bem”, destaca o especialista.

Entre os seis sinais que podem indicar automutilação em adolescentes, estão:
1. Marcas ou cortes frequentes no corpo, muitas vezes explicados de forma vaga.
2. Isolamento repentino e afastamento de amigos e familiares.
3. Mudanças bruscas de humor, irritabilidade ou apatia prolongada.
4. Queda no desempenho escolar e falta de interesse por tarefas cotidianas.
5. Uso constante de roupas compridas mesmo em dias quentes, para esconder ferimentos.
6. Rabiscos, músicas ou postagens que mencionam dor, morte ou autodestruição.

Para lidar com essa situação, o psicólogo recomenda manter um diálogo aberto e sem julgamentos, demonstrando disponibilidade para ouvir. É fundamental procurar apoio especializado e, quando necessário, acionar a escola para um acompanhamento conjunto. Repreensões ou ameaças devem ser evitadas, pois podem aumentar a sensação de solidão e agravar o comportamento.

Jair Soares reforça: “Percebo diariamente no consultório que esses jovens não desejam se ferir, mas sim aliviar uma dor que não conseguem explicar. Quando encontram um espaço seguro para elaborar suas emoções, descobrem que é possível viver sem recorrer à automutilação. É isso que me motiva: mostrar que há outro caminho, mais humano e viável”.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do IBFT, trazendo dados e orientações importantes para famílias, educadores e profissionais de saúde que lidam com adolescentes em sofrimento emocional. Reconhecer os sinais e agir com acolhimento pode ser decisivo para interromper o ciclo da automutilação e promover o bem-estar dos jovens.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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